Administrar as diferenças e saber lidar com tipos de alunos distintos é um grande desafio para todos os envolvidos na gestão de uma instituição de ensino.
O mundo é diverso e os alunos trazem para as escolas as suas vivências, repertórios e comportamentos próprios, além dos fatores geracionais e emocionais. Há também os fatores geracionais, pois cada grupo de indivíduos cresce e se desenvolve exposto a realidades diferentes.
Administrar todas essas diferenças e promover um ambiente de convivência harmoniosa é algo que precisa estar no radar dos gestores da escola, pois isto é algo que pode afetar diretamente o andamento das aulas, a satisfação de alunos e professores e consequentemente a execução do planejamento político pedagógico.
Esta não é uma tarefa fácil, e não há fórmulas mágicas que garantam que a escola saberá lidar de forma ideal com cada tipo de aluno. Porém, entender que as diferenças fazem parte do cotidiano é um primeiro passo importante.
Neste artigo você conhecerá as características das gerações que frequentam as escolas de educação básica, e algumas dicas de como lidar com diferentes tipos de personalidade e comportamentos.
- Quais são as características de cada geração?
- Geração Z e suas individualidades
- Como se adaptar aos diferentes tipos de alunos?
Quais são as características de cada geração?
Existem vários estudos e análises que buscam encontrar características em comum entre indivíduos nascidos em uma determinada época, e assim definir e classificar uma geração.
Esta é uma tarefa complexa, pois além do período de nascimento é necessário considerar que existem diferentes realidades socioeconômicas, que interferem no desenvolvimento dos indivíduos.
Ainda assim, existe um certo consenso a partir da segunda metade do século XX que classifica diferentes gerações da seguinte forma:
Baby boomers
Engloba os nascidos entre 1945 e 1960. Esta geração é conhecida desta forma por simbolizar a explosão demográfica no pós Segunda Guerra Mundial, principalmente nas regiões mais afetadas pelo conflito, como Estados Unidos e Europa.
De modo geral, são pessoas com as seguintes características:
- Preferem qualidade a quantidade
- Gostam de estabilidade econômica e emocional
- São menos influenciáveis por opiniões alheias
Geração X
Os nascidos entre 1960 e 1980. É a geração que assistiu ao início do desenvolvimento de tecnologias como os computadores e a internet. Representam um grupo que está mais disposto a correr riscos.
Entre suas principais características estão:
- São autoconfiantes e empreendedores
- Entendem os erros como processo de aprendizado
- Estão em busca de conhecimento;
Geração Y
Nascidos entre 1980 e 2000. Representam uma ruptura com muitos dos valores das gerações anteriores. A geração Y, também conhecida como millennials, se percebe como livre e conectada, por conta dos avanços tecnológicos que presenciaram.
As características a seguir são comuns a indivíduos desse grupo:
- Tem facilidade para realizar múltiplas tarefas
- Absorvem um grande fluxo de informação
- Estão sempre em busca de aprimoramento. São inquietos.
Procurar entender o comportamento de cada geração é importante para vários segmentos, desde o meio empresarial até a educação, pois as características geracionais também interferem no modo como as pessoas aprendem.
A seguir, vamos detalhar as características da geração que hoje está nas salas de aula das escolas de educação básica, e procurar entender como administrar seus diferentes comportamentos.
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Geração Z e suas individualidades
É importante destacar que os intervalos de tempo entre as gerações podem variar um pouco, de acordo com diferentes fontes, pesquisas e análises. Há quem diga, por exemplo, que a geração Z representa os nascidos entre 1990 e 2010. Outros que este período se estende até os anos 2020.
De qualquer modo, é consenso que a geração Z nasceu imersa em uma realidade totalmente digital, e que não precisou de cursos básicos para saber lidar com computadores, conforme explica artigo publicado pelo site Brasil Escola.
Os nativos digitais, como também são conhecidos, cresceram jogando videogame, navegando na internet e consumindo muita informação. Isso faz com que os nascidos nesse período entendam a vida de forma mais fluída. A estabilidade de relações e de empregos, por exemplo, não é necessariamente uma prioridade.
Prender a atenção desta geração super estimulada também é um desafio, especialmente para as escolas. Por isso, investir em ferramentas de tecnologia é uma boa alternativa para o processo de ensino aprendizagem.
Equipamentos de realidade virtual, laboratórios interativos e tablets, são ferramentas que podem ser exploradas no cotidiano da sala de aula.
Em linhas gerais, estas são algumas das características atribuídas a geração Z:
- São acostumados a processos rápidos, portanto podem ser ansiosos.
- Costumam ser realistas e práticos.
- Valorizam seus objetivos e são determinados
- Tendem a ser mais tolerantes com as diferenças
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Como lidar com estudantes da geração Z?
Como dito anteriormente, a tecnologia é uma poderosa aliada da gestão da escolar e dos professores no processo de ensino aprendizagem da geração Z. Além disso, algumas outras dicas podem contribuir para lidar com estes estudantes acostumados com o dinamismo.
- Utilize recursos multimídia;
- Trabalhe com aplicativos, eBooks, ou livros interativos;
- Aposte na gamificação
- Promova debates sobre questões sociais
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Como se adaptar aos diferentes tipos de alunos?
Contar com o auxílio de um sistema para a gestão escolar, como o Sponte, é uma forma de conseguir realizar um acompanhamento personalizado dos estudantes.
Ferramentas como o Portal do Aluno, permitem que os alunos interajam com a escola e acompanhem todas as informações pedagógicas, financeiras, atividades, conteúdos das aulas e realizem avaliações.
Além das questões geracionais, a gestão escolar também precisa considerar os diferentes tipos de comportamento em sala de aula. Mesmo que possam ter características em comum, cada estudante possui a sua personalidade, seu repertório e suas vivências.
Entender as diferenças em sala de aula deve ser encarada como uma oportunidade para o desenvolvimento de atividades que promovam as habilidades socioemocionais em sala de aula.
[hubspot portal="20499330" id="4ffc3787-0033-444f-ba01-3a3dec2c2a68" type="form"]Este é um processo de ensino-aprendizagem que considera o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais para além do acompanhamento curricular que conhecemos como “tradicional”.
Nesse projeto de educação, são estimulados o desenvolvimento de habilidades e inteligências que capacitam o estudante a se tornar um cidadão mais crítico, com melhores condições de relacionamento interpessoal e capacidade de transformação da sua realidade.
A seguir você encontrará algumas dicas que ajudarão a lidar com diferentes tipos de comportamento em sala de aula, assim como diferentes tipos de alunos, como os tímidos, agressivos e indisciplinados.
O aluno tímido
A sala de aula sempre será um ambiente com diversos tipos de personalidades. Haverá, por exemplo, aqueles mais extrovertidos, participativos, e por outro lado os mais tímidos.
É importante salientar que a introversão não deve ser encarada como um defeito. Em conjunto com os professores, o gestor precisa avaliar caso a caso e analisar se o comportamento mais retraído é algo que está prejudicando o desenvolvimento do estudante.
Nas crianças menores, também é importante verificar se não há nenhum problema de audição ou visão.
Se não houver problemas médicos, a situação pode ser verificada de forma individual, para tentar entender porque ele está tendo aquela postura, se existe algo que o incomoda ou se está havendo algum tipo de bullying por parte de outros alunos.
Também é importante estimular a sua participação fazendo perguntas ou incentivando atividades de grupo, sempre respeitando os seus limites.
O aluno agressivo
A escola deve ser um espaço de aprendizado e boas convivências, onde a agressividade não deve ser tolerada. Porém, o embate com alunos de comportamento agressivo tende a piorar a situação.
O primeiro passo é ressaltar que este tipo de comportamento não é tolerável, focando sempre no apontamento da atitude e não do julgamento da pessoa, propriamente dita.
Aproximar-se do estudante e favorecer uma abertura para que ele expresse seus sentimentos é uma alternativa.
O aluno indisciplinado
Este é um perfil que costuma ser um grande desafio para gestores e professores. A repressão costuma ser vista como uma forma de lidar com este tipo de aluno, porém, estudos mostram que a punição tende a piorar a situação, pois o aluno passa a se sentir desafiado a ser mais desobediente.
Em situações de indisciplina é preciso manter a calma para não perder o controle na frente da turma.
Administrar esse tipo de comportamento leva tempo, e é preciso aliar uma série de práticas para conduzir a situação. Uma delas é estabelecer regras de convivência bastante claras, como horários de aulas e de intervalos, entre outros. Para serem assimiladas, as normas precisam ser reforçadas constantemente.
Também é importante dialogar com o aluno para buscar entender os motivos do seu comportamento e deixar claro que o desagrado está relacionado com a sua atitude.
Seja gentil e tente prever as situações. O aluno indisciplinado costuma dar sinais de que vai agir com rebeldia, e repetir o comportamento em situações parecidas. Estes são bons momentos para o diálogo.
As características individuais, a diversidade de personalidades e outros fatores ligados ao comportamento precisam ser considerados pela gestão escolar. Saiba mais sobre assuntos relacionados ao tema em nosso eBook “Como manter os alunos engajados”.
Carla Helena Lange
Líder de Marketing