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Ensino híbrido na prática na educação básica | Linx Sponte

Escrito por Cristopher Ronsani Morais | Sep 21, 2023 3:00:00 AM

O ensino híbrido evoluiu: de uma prática temporária abordada durante um período de dificuldades nas aulas presenciais, ele se tornou uma verdadeira potência para chegar ao futuro das escolas de educação básica.

Flexibilidade, tecnologia, efetividade e eficiência são palavras-chave para entender o estudo híbrido e a forma com que ele já está revolucionando a educação.

Quando feito de forma estratégica, ele aproveita o que há de melhor nas duas formas de ensinar mais tradicionais: as aulas presenciais e o ensino a distância. E o melhor é que ele tem o potencial de superar suas principais limitações.

Mas, para isso, é preciso saber aplicá-lo corretamente e evitar as principais ciladas que podem transformar o ensino híbrido em um problema educacional.

Então continue sua leitura, conheça os maiores desafios e saiba como fazer a implantação do ensino híbrido com estratégia, planejamento e sucesso.

Considerações sobre a modalidade de ensino híbrido na educação atual

Nos últimos anos, falou-se muito sobre o que é o ensino híbrido, com diferentes interpretações e definições. Mas uma forma clara e simples de descrevê-lo é:

  • O ensino híbrido é uma modalidade educacional que combina as atividades presenciais com o ensino remoto, por meio de recursos digitais, de forma complementar.

Para definir essa prática ainda mais especificamente, no artigo Ensino híbrido: o futuro que queremos?, a professora Marina Feferbaum determinou três pontos importantes:

  1. Os elementos educacionais devem ser combinados de modo a aproveitar vantagens do virtual e do presencial.
  1. É preciso haver integração de diferentes tempos, espaços, ferramentas tecnológicas e estratégias pedagógicas.
  1. Deve haver unidade de planejamento e conexão entre os diferentes ambientes.

Ou seja: o ensino híbrido integra as aulas presenciais com lições a distância de uma maneira com que a própria educação se torne mais completa, moderna e conectada. 

Ele se expande para além da sala de aula e do horário escolar, levando a educação para outros momentos da vida do estudante, e marcando presença em outras plataformas, como as redes sociais e os ambientes educacionais online.

Nesse sentido, o ensino híbrido é um facilitador da transformação digital, ajudando os alunos a se prepararem para um mercado de trabalho cada vez mais conectado e exigente.

Leia mais: Transformação digital na educação: como implementar nas escolas?

Também é uma maneira de aproximar mais sua escola das novas gerações, falando a língua delas e melhorando o seu engajamento nas aulas.

O ensino híbrido ainda ajuda a superar desafios educacionais, aumenta a flexibilidade para a adaptação de metodologias ativas, personaliza a aprendizagem e dá mais autonomia e protagonismo aos alunos.

Mas, é claro, para aproveitar isso tudo, é preciso explorar essa metodologia com inteligência. E os próximos tópicos deste artigo vão te ajudar nesse processo:

Os três pilares do ensino híbrido

O estudo híbrido, para ter sucesso, precisa levar em consideração estes pilares:

  1.  Engajamento dos estudantes 

Deve ser focado em engajar os alunos, com aulas realmente interessantes e participação ativa na própria educação e até na organização da gestão pedagógica.

Leia também: Você sabe o que é gestão escolar participativa?

  1. Aprimoramento das lições

O ensino híbrido não se resume a simplesmente usar algumas ferramentas digitais, ele deve melhorar a aprendizagem em sua escola de educação básica. Isso demanda um planejamento pedagógico adequado.

  1. Melhoria contínua

Essa modalidade educacional nasceu da inovação e continua se inovando. Por isso, uma escola que adote o ensino híbrido precisa manter-se aberta e atualizada para atender as necessidades de suas turmas e aproveitar o que há de melhor na tecnologia.

Os cinco principais modelos de ensino híbrido

A implementação do ensino híbrido na escola pode acontecer de diferentes formas, com práticas, estratégias e metodologias educacionais distintas. 

Aqui vamos apresentar os cinco modelos principais, mas lembre-se: você pode adaptá-los ou mesmo integrar mais de um deles em uma estratégia feita especificamente para as necessidades de sua escola. Confira:

Sala de aula invertida

Para começar, temos uma metodologia ativa que também pode ser usada como base para toda uma estratégia de ensino híbrido: é a sala de aula invertida.

Na prática, o professor disponibiliza conteúdos que o aluno deve estudar previamente, como videoaulas, artigos, documentários, textos, etc.

A partir desse estudo, o estudante desenvolve o próprio conhecimento e o compartilha com a turma durante a aula presencial.

Rotação por estações

Nesta prática, cria-se um “circuito educacional”. A partir disso, os alunos se reúnem em grupos e têm autonomia para passar por diferentes pontos de estudo e atividades — chamados de estações — durante o ano letivo. 

O circuito é montado pelo professor ou pela gestão pedagógica da escola. Pelo menos uma dessas estações deve ser online e as decisões dos alunos sempre serão orientadas pelo educador.

Rotação individual

Mesma lógica da rotação por estações, mas com o aluno passando pelo circuito de forma individual.

Laboratório rotacional

Nesta prática, o professor divide a turma em grupos, com atividades distintas. Por exemplo, alguns podem ficar na sala de aula enquanto outros no laboratório de informática, simultaneamente.

Depois, todos se reúnem e compartilham as experiências.

À la carte

Aqui a escola define um currículo com objetivos e conteúdos que o aluno deve aprender em seu período letivo e apresenta lições/aulas que são obrigatórias e outras que são opcionais — algumas online, outras presenciais.

Assim, o aluno pode personalizar o próprio currículo a partir dos seus interesses e planos.

Os principais desafios do estudo híbrido e como superá-los na prática

Como vimos, o ensino híbrido tem um grande potencial. No entanto, há desafios que podem prejudicar esse processo. 

Separamos aqui os principais e te contamos como superá-los, em um passo a passo para implementação do ensino híbrido em sua escola.

1. Falta de conhecimento sobre o assunto 

O ensino ainda é uma metodologia relativamente nova, em constante transformação. Então a falta de conhecimento e o senso comum são sérios riscos para o sucesso de uma escola que queira implantar essa técnica.

Por isso, como gestor, estude o assunto! Este artigo que você está lendo agora é um ótimo passo para isso, mas vá além! Busque conhecimento, artigos e estudos para aperfeiçoar sua instituição.

Lembre-se de que o conhecimento e o aperfeiçoamento constante são os melhores caminhos para uma escola de educação básica pronta para o futuro.

Saiba mais: Guia do planejamento para escolas do futuro.

2. Professores e gestão pedagógica despreparados

Vamos repetir: ensino híbrido não é simplesmente ter algumas aulas online, ou usar umas ferramentas digitais. Ele demanda planejamento e estratégia para realmente melhorar o aprendizado.

E, para isso, sua gestão pedagógica e seus professores precisam entender do assunto. Algumas dicas importantes são: 

  • Compartilhe este textos e outros conteúdos
  • Oriente sua gestão pedagógica adequadamente
  • Invista em capacitações
  • Reúna a equipe com frequência para que possam tirar dúvidas e compartilhar experiências

Leia também: Educação do futuro: veja como capacitar professores para aulas online e ensino híbrido.

3. Falta de tecnologias adequadas

Um dos eixos estruturantes do ensino híbrido é a tecnologia. O ambiente digital é fundamental para seu sucesso e escolas que não estão preparadas serão incapazes de aproveitar essa evolução educacional.

A boa notícia é que já há várias possibilidades incríveis criadas exatamente para lidar com esse tipo de demanda. Um grande exemplo é o apoio online integrado do sistema Linx Sponte.

Por meio dele, o professor pode dar aulas online de forma simples, ágil, acessível e inteligente. Além disso, ele potencializa a gestão, facilita o compartilhamento de atividades e integra sua estratégia de ensino híbrido à gestão da escola como um todo.

Ter uma forma de comunicação com a comunidade escolar também é essencial. O Portal do Aluno Linx Sponte é uma estratégia para isso. Ele permite o acompanhamento das atividades, frequências e notas, além de disponibilizar uma agenda escolar e um canal direto de contato entre família e escola.

4. Incompreensão de alunos, pais e responsáveis 

Se às vezes nem mesmo a gestão pedagógica está preparada para o ensino híbrido, imagine como essa novidade pode chegar a muitas famílias. Alunos, pais e responsáveis podem recebê-la negativamente, sem compreender o potencial que ela apresenta.

Por isso, faça reuniões de conscientização, mostre o potencial da tecnologia e planeje uma adaptação de rotina escolar que ocorra aos poucos — sem choques drásticos.

Assim, é possível mostrar os resultados positivos e conquistar quem ainda está na dúvida.

  • No mesmo sentido, é importante verificar a disponibilidade de tecnologia na casa do aluno. Busque sempre adequar suas lições online ao que pode ser cumprido pelos estudantes sem transtornos ou constrangimentos.

5. Ausência de organização do planejamento pedagógico

Finalmente, chegamos em um dos pontos mais importantes, que já viemos mencionando no decorrer deste texto: o ensino híbrido precisa de planejamento.

Como ele não é uma simples utilização de ferramentas digitais, e sim uma metodologia de ensino que pode mudar sua gestão escolar, o ensino híbrido demanda de um currículo adequado, que comporte suas necessidades e aproveite seus potenciais.

Temos um texto específico que pode ajudar com isso — principalmente na hora de planejar as aulas. Confira: Passo a passo para fazer um planejamento de aulas no ensino híbrido de maneira eficaz

Nesse momento, também vale a pena integrar metodologias ativas a essa proposta educacional. Afinal, como dissemos, ela tem um potencial enorme para a inovação.

Leia também: Metodologias ativas no EAD: como aplicar?

Por fim, continue lendo, se informando e se formando a respeito do assunto! O crescimento e a inovação de sua escola dependem disso.

Veja nosso eBook que se aprofunda ainda mais no ensino híbrido para escolas de educação básica. É só clicar aqui embaixo: