Os vários tipos de relatório de gestão escolar são partes fundamentais do sucesso de uma escola. Seja para controlar as finanças e organizar a secretaria, seja para acompanhar os resultados de seus alunos e potencializar a aprendizagem, essa ferramenta é indispensável para gestores e equipe administrativa escolar.
Afinal, o gestor deve estar sempre muito por dentro da infraestrutura da escola, do trabalho pedagógico, do desempenho das crianças, da satisfação da equipe e da comunidade escolar, etc.
No entanto, para realmente aproveitar a coleta e análise de dados, sua equipe precisa saber como elaborar um relatório de gestão escolar eficiente, além de entender sua importância no cenário educacional.
Saiba mais sobre essa prática tão importante para escolas:
Na prática, relatórios de gestão escolar são ferramentas essenciais para monitorar a evolução de seus alunos, acompanhar o desempenho da equipe de funcionários, avaliar os resultados financeiros da escola, melhorar o processo de matrículas e rematrículas, e muito mais.
Dessa forma, são os relatórios que dão ao gestor as informações necessárias para desenvolver uma escola de sucesso.
Isso porque um relatório de gestão escolar produzido por meio de uma boa prática de coleta e análise de dados oferece, em primeiro lugar, um diagnóstico da instituição de ensino.
Por meio dele, é possível avaliar com clareza se a gestão está dando bons resultados e se as ações de sua equipe realmente estão sendo positivas.
🔎 Leia mais: Como a análise de dados educacionais pode ajudar na previsão de matrículas?
Ao mesmo tempo, essas informações servem de subsídio para a tomada de novas decisões, por meio de um planejamento muito mais preciso e baseado em dados.
Essa prática é conhecida como gestão data driven, que significa basicamente usar dados para ter uma escola mais eficiente, organizada e inteligente.
🔎 Leia mais: A importância da coleta e análise de dados educacionais.
Continue sua leitura e veja como colocar esses relatórios em prática de forma efetiva:
O desenvolvimento de relatórios escolares não é uma novidade. Instituições de ensino vêm trabalhando com esse tipo de coleta e análise de dados há muitos anos — e toda essa experiência permitiu a criação de boas práticas para isso.
Então, organizamos aqui as estratégias mais essenciais para você sair do básico e criar um relatório de gestão escolar realmente efetivo. Confira:
O primeiro passo para ter um bom relatório é definir — de forma clara e sucinta — qual é seu objetivo. Esse planejamento dará muito mais foco ao levantamento e à análise dos dados.
Alguns exemplos de objetivos para um relatório de gestão escolar são:
Um relatório deve ter apenas um objetivo principal como esses, que vai dirigir todo o trabalho, mas pode contar também com metas secundárias.
Além disso, esses objetivos precisam estar alinhados com as metas institucionais estabelecidas em seu planejamento escolar estratégico.
Se uma de suas metas para o próximo semestre é aumentar as matrículas, por exemplo, é importante ter relatórios focados no número de novos alunos, nas taxas de retenção de estudantes e nos investimentos em estratégias de captação.
A partir do objetivo, é necessário identificar também quem é o público-alvo do relatório. Ou seja: quem terá acesso a essa coleta e análise de dados?
Um relatório sobre o desempenho dos alunos, por exemplo, pode ter como público os pais e responsáveis, os professores ou até órgãos governamentais. Já uma análise sobre o desempenho da equipe pode ser direcionada para os próprios colaboradores ou para os gestores.
Da mesma forma, o público-alvo de um relatório a respeito das finanças da instituição pode ser a equipe de gestão financeira ou os investidores da escola.
Identificar esse público é essencial para construir um relatório mais focado, com informações realmente relevantes para quem vai acessá-lo, além de linguagem e estrutura adequadas.
Agora é hora de estabelecer o que deve estar em seu relatório de gestão escolar. Avalie quais informações são necessárias para cumprir seu objetivo e quais são relevantes para o público-alvo escolhido.
A partir disso, organize as fontes desses dados. Para um relatório de desempenho dos alunos, por exemplo, as principais fontes serão os registros acadêmicos, as notas, as faltas, etc.
Lembre-se de organizar muito bem as fontes antes mesmo de começar o levantamento. Isso vai evitar uma bagunça no processo de coleta e análise de dados.
Finalmente, com as fontes bem organizadas, é hora de coletar as informações.
A principal dica aqui é ter organização: durante o processo de coleta, já separe cada dado dentro de categorias específicas, deixando claras a fonte de onde foi retirado e a função que ele deve cumprir no relatório.
Se tiver uma boa organização, você pode até fazer todo esse processo manualmente. No entanto, com um sistema de gestão escolar que digitaliza suas informações e oferece relatórios automatizados, o trabalho é muito mais simples, rápido e efetivo.
Levantar os dados é apenas o primeiro passo. Com todas essas informações em mãos, é hora de apresentá-los para as pessoas interessadas.
Considere que uma lista enorme de dados não é atrativa e é pouco eficiente para realmente passar as informações. Por isso, use gráficos, tabelas e outras ferramentas visuais que tornem seu relatório de gestão escolar mais interessante e prático.
Leve em conta também quem é o público-alvo. Um relatório para pais, responsáveis e professores, por exemplo, pode ter um estilo mais lúdico, com mais cores e elementos visuais. Já para investidores ou órgãos governamentais, o levantamento deve ser apresentado de maneira mais sóbria, com cores mais neutras.
Além disso, é fundamental criar uma narrativa coerente ao longo do relatório. Ou seja: nada de simplesmente jogar as informações.
Pelo contrário: busque relacionar os diferentes elementos e dados, destacando os principais pontos e apontando como as informações integram e influenciam umas às outras. Aponte também sua influência na gestão escolar e dê importância ao que é, de fato, relevante ao público-alvo.
🔎 Leia também: Tudo sobre gestão administrativa escolar para escolas de sucesso.
Aqui também é muito interessante contar com ferramentas tecnológicas.
Ao criar um relatório de gestão escolar, você precisa ter em mente as determinações da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que busca preservar a privacidade e os direitos dos titulares dessas informações.
Na prática, os dados só podem ser usados se o titular (ou seu responsável legal) tiver dado sua autorização. Além disso, é preciso evitar que as informações privadas sejam vistas por pessoas não autorizadas.
🔎 Leia mais: Segurança da informação e LGPD: tudo que sua escola precisa saber.
Lembre-se de que criar o relatório é apenas o primeiro passo! Com os dados em mãos, é importante analisar e interpretar os dados de forma crítica. Busque identificar tendências, padrões e áreas em que sua escola pode melhorar.
Além disso, é preciso trabalhar a divulgação abrangente dos resultados para seu público-alvo. Para isso, invista em uma boa comunicação com a comunidade escolar, preferencialmente com ferramentas tecnológicas que levem as informações para as pessoas de maneira rápida e eficiente.
Para completar, precisamos falar sobre a transparência. As informações do relatório de gestão escolar devem chegar ao público-alvo por meio de uma comunicação transparente, que não omita dados, nem tente enfeitá-los.
Isso é fundamental para garantir a confiabilidade da escola e realmente identificar áreas de melhoria junto com sua comunidade.
