Não é nehuma novidade que o Brasil enfrenta uma onda de problemas sociais, como a violência, a falta de segurança, a discriminação, a falta de representatividade e de inclusão, a desigualdade socioeconômica, entre muitos outros.
A lista é realmente longa. No entanto, é preciso reconhecer a existência dessas mazelas sociais para poder desenvolver discussões sobre como resolvê-las.
Diante dessa realidade, é muito importante que o ambiente educacional esteja atento a essas questões e que, por meio do debate coletivo, construa um posicionamento condizente com o momento e com a importância de criar escolas mais inclusivas.
Tendo isso em mente, preparamos algumas dicas de como uma instituição de ensino pode se posicionar frente aos problemas sociais, além de tratar desses temas dentro da sala de aula. Confira!
Qual deve ser a postura da escola diante dos problemas sociais?
Problemas sociais na escola: quais são as situações mais comuns?
A importância de uma educação básica inclusiva
Como trabalhar os problemas sociais em sala de aula?
Problemas sociais por especialistas: uma abordagem interessante
A escola está integrada à sociedade, o que faz com que muito do que acontece “lá fora” reflita no ambiente educacional.
Ou seja, se a comunidade tem a recorrência de um problema como racismo ou intolerância religiosa, essa situação, cedo ou tarde, aparecerá em sala de aula.
Saber o que fazer quando esse momento chegar é fundamental para acabar com um ciclo vicioso e ajudar, inclusive, a evitar esse tipo de situação fora das escolas. Afinal, se os alunos aprenderem que esses problemas devem ser combatidos, eles levarão esse aprendizado para o seu dia a dia.
Nesse sentido, as instituições de ensino conseguem ser as promotoras de verdadeiras mudanças sociais, o que impacta positivamente no bem-estar de diversos grupos marginalizados e excluídos e torna o ambiente escolar mais saudável.
Há uma frase do educador Paulo Freire que representa muito bem qual deve ser a postura da escola frente aos problemas sociais: “Educação não transforma o mundo, educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo!”.
Diante da perspectiva de Freire, então, é possível, pelo menos, minimizar as mazelas sociais por meio da educação.
No entanto, ignorar situações incômodas não é a postura adequada que se espera de uma escola, pois, por trás de toda instituição de ensino, há uma missão social e a premissa de educar pessoas, para que possam fazer a diferença como cidadãos.
Então, como se preparar para abraçar essa missão de maneira que faça a diferença na vida dos alunos? Como reconhecer os problemas sociais mais frequentes? Prossiga a leitura para descobrir.
O primeiro passo para resolver um problema é identificá-lo. Reconhecer que algo não está ocorrendo da forma que deveria é essencial para a correção dessa atitude.
Pensando nisso, elencamos, a seguir, breves explicações sobre os problemas sociais mais comuns nas escolas brasileiras:
Além disso, é fundamental promover campanhas de orientação e esclarecimento com os estudantes e suas famílias. Contudo, lembre-se de não abordar o assunto de forma impositiva: isso pode afastar o aluno. Pelo contrário, abra conversas que mostrem a autonomia do estudante, permitindo que ele fale abertamente. Assim, a conscientização tende a ser mais eficiente.
Há diversos outros problemas que podem aparecer na sala de aula e merecem menção, como o capacitismo (discriminação contra pessoas com deficiência), falta de representatividade e, em algumas escolas, a xenofobia (intolerância a estrangeiros).
É válido pontuar que esses problemas sociais se manifestam, muitas vezes, por meio do bullying, sendo que as vítimas se veem motivadas a desistir dos estudos para evitar essa violência.
Sendo assim, trabalhar problemas sociais na escola é necessário até mesmo para diminuir a evasão na educação básica.
Esses problemas são frequentes nas escolas brasileiras e são assuntos sensíveis. Contudo, isso não deve ser um impedimento para a desconstrução de ideias problemáticas.
Muitos alunos reproduzem um comportamento que viram em pessoas próximas, então, eles podem não saber sobre determinado assunto ou apenas “entram na onda” e reproduzem posicionamentos que não compreendem direito.
Dessa maneira, a postura da escola deve ser, primeiramente, de ensinar buscando a conscientização para quebrar um ciclo que já perdurou tempo demais.
A inclusão está cada vez mais presente nos mais diversos setores da sociedade, devido aos recentes avanços feitos nesse quesito, especialmente na última década. Porém, ainda estamos longe do ideal e há muito a ser feito.
Muitas empresas e instituições pararam de ignorar essas reivindicações e estão tentando se adaptar às necessidades dos mais diferentes públicos.
Algumas atitudes podem ser adotadas para mostrar à comunidade escolar que a escola possui uma política institucional inclusiva:
Com a adoção dessas e outras atitudes, sua escola de educação básica mostra que se importa com os problemas sociais, adotando medidas que produzem um ambiente muito mais inclusivo e plural.
A política de inclusão, além de ser um excelente diferencial em termos do mercado educacional, mostra que a gestão pedagógica se preocupa com seus alunos e demonstra respeito a todos eles, cada um com suas particularidades.
A maioria das disciplinas presentes no Ensino Fundamental e Médio dispõem de currículos que abordam questões sociais.
Usar do ensino para a construção de discussões e diálogos saudáveis a respeito dos problemas sociais é uma ótima forma para mostrar que sua escola se preocupa com a realidade em que se encontra a nossa sociedade.
Seminários, debates, jogos interativos e abordagens de temas controversos em obras literárias e cinematográficas são exemplos de como os educadores de sua escola podem trabalhar tais problemas em sala de aula.
Ensinar, abordar, discutir e enriquecer o processo de ensino-aprendizagem de seus estudantes fará a diferença para a construção de uma sociedade mais inclusiva e tolerante no futuro.
Os professores das áreas de humanidades, principalmente Filosofia, Sociologia, História, Geografia, Língua Portuguesa, Literatura e Redação precisam estar atentos a essas questões e aproveitarem a interdisciplinaridade para trabalhar esses assuntos de forma mais completa e contextualizada.
Palestras são atividades interessantes e que ajudam a quebrar um pouco a dinâmica de ensino em sala de aula. Assim, elas chamam a atenção dos alunos para temas específicos.
Dessa forma, pela visão de especialistas, elas enriquecem o conhecimento dos alunos e apresentam questões e discussões muito necessárias.
Há inúmeras abordagens que a escola pode ter ao organizar tais seminários:
Enfim, são várias as possibilidades de palestras que podem abordar os temas sociais na escola.
O importante é lembrar que esse processo é contínuo e gradual, já que os problemas sociais são frequentes, e debates e discussões sobre o assunto não devem ser deixados de lado.
Construir espaços educativos inclusivos, que dialoguem e construam posicionamentos sobre essas questões, enriquecem não só sua escola diante da comunidade, como também posicionam a instituição de ensino perante o mercado educacional de sua região.
Com isso, é possível concluir que o diálogo e a comunicação devem estar presentes em todos os momentos para que problemas sociais sejam trabalhados nas escolas de maneira construtiva e continuada. E, para isso, é essencial ter uma gestão escolar mais eficiente e também mais humana.
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