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Dicas para melhorar o plano de aula em sua escola

5 min de leitura

Há um provérbio chinês que diz: “Se quiser derrubar uma árvore na metade do tempo, passe o dobro do tempo amolando o machado”. Ou seja, qualquer melhoria de processo requer planejamento. Talvez por isso já esteja dentro das incumbências da docência...

Há um provérbio chinês que diz: “Se quiser derrubar uma árvore na metade do tempo, passe o dobro do tempo amolando o machado”. Ou seja, qualquer melhoria de processo requer planejamento. Talvez por isso já esteja dentro das incumbências da docência elaborar o plano de aula. É previsto pela gestão pedagógica, inclusive, algumas horas-atividade dentro da jornada de trabalho dos professores.

Este é um tempo reservado para que pensem qual a importância do planejamento de aula, o que levarão à sala de aula, com qual objetivo, a metodologia que será utilizada e de que forma apresentarão esse conteúdo. Dentro do plano de aula também consta a forma como os alunos serão avaliados para medir o quanto foi absorvido daquele assunto.

Engana-se quem acredita que um plano de aula é apenas um amontoado de informações rascunhadas. Ao contrário, ele é um importante documento, que deve ser elaborado com cuidado, considerando as competências gerais da Educação Básica definidas na BNCC - Base Nacional Comum Curricular, com informações específicas  de cada escola, além de seguir um formato padrão.  

Se você precisa de ideias para melhorar o planejamento das aulas, vamos dar algumas dicas valiosas sobre o assunto. Confira a seguir:

Diferentes níveis de planejamento

Como planejar aulas | Sponte

Conforme o artigo “Plano de Aula: fundamentos e prática”, publicado pela Universidade de São Paulo (USP), há planejamentos com diferentes  níveis de complexidade: plano de curso, plano de ensino e plano de aula. 

Ainda que diferentes, possuem o mesmo objetivo geral: a previsão de resultados desejáveis e a descrição dos meios necessários para alcançar estes resultados.

Conforme as autoras do artigo, o plano de curso é o componente do Projeto Político-Pedagógico que garante que os cursos oferecidos pela escola sejam organicamente contínuos.

Sua estrutura contém descrição dos objetivos do curso, sequência de componentes curriculares, conteúdos programáticos, carga horária mínima, atividades práticas, acompanhamento e avaliação.

Já o plano de ensino compreende todo o processo  de ensino de uma disciplina (ou módulo) durante o ano letivo.

Ele deve conter identificação da disciplina, carga horária, objetivos, cronograma de atividades (conteúdos), instrumentos de avaliação e bibliografia recomendada. Geralmente, ele é apresentado aos alunos ou seus responsáveis no início das aulas.

Por fim, o plano de aula está diretamente relacionado ao plano de ensino, mas descreve uma sequência didática a ser seguida, diariamente, em cada aula ou atividade prática. 

É sobre ele que vamos falar a seguir.

O que é um plano de aula?

Como já foi dito, o plano de aula é um importante documento que assegura organização para a gestão pedagógica, oferecendo suporte para o professor dentro de sala de aula e melhorando o aproveitamento do conteúdo para os alunos.

Sua elaboração fica a cargo do docente. Por meio desse instrumento, o professor faz um mapeamento dos critérios que vai lançar mão para que o conteúdo seja repassado da melhor forma aos seus alunos. 

Este trabalho prevê a organização e coordenação das atividades didáticas diante dos objetivos propostos no decorrer do processo de ensino. 

Isso quer dizer que cada plano de aula deve ser feito individualmente, levando em conta as peculiaridades das turmas em que serão empregados. 

A padronização da educação deve ser aplicada de acordo com as diretrizes, mas apenas nos aspectos que preconiza o Sistema Educacional, a exemplo dos Padrões Curriculares Nacionais (PCNs) estabelecidos pelo Ministério da Educação. Mesmo que engessados, eles são importantes como ferramentas que asseguram uma igualdade no aprendizado. 

No entanto, a forma como os conteúdos serão praticados devem ser flexíveis, adaptadas a cada situação. E é nessa variável que está a importância de um plano de aula. 

Por que o plano de aula é importante?

Qual a importância do planejamento de aula | Sponte

Em primeiro lugar, é preciso considerar que até o professor mais talentoso, didático e carregado de conhecimento não consegue assegurar a qualidade de uma aula apenas com o improviso. 

Entre os contratempos da falta de planejamento estão: conteúdo incompleto, pouca interação com os alunos, aulas monótonas e desorganizadas, falta de estímulo aos participantes.  

Além disso, é o planejamento que assegura que o tempo em sala de aula será bem distribuído e, por consequência, bem aproveitado. A depender do conteúdo sugerido, a administração do tempo pode ser o limiar entre a assimilação do conteúdo por completo ou parcialmente.

Dessa forma, a ausência de planejamento é, sem dúvida, um dos maiores empecilhos no processo de ensino-aprendizagem, assim como um mau planejamento também pode afetar seus resultados. 

Ou seja, um professor preparado e munido de bons materiais didáticos é peça-chave para uma boa aula. E, até aqui, não contamos nenhum segredo.  

Então, afinal, o que é necessário na realização de um bom plano de aula? Para isso, podemos começar elencando alguns  itens que são básicos, mas essenciais!

O que é essencial para elaborar um bom plano de aula?

Tempo

O que temos de mais valioso é o tempo, e ele é imprescindível para realizar um bom planejamento. Assim, separar algumas horas da jornada de trabalho dos professores para que eles se dediquem ao planejamento é fundamental para o sucesso das aulas. 

Isso quer dizer que preparar o plano de aulas deve estar previsto dentro da rotina remunerada desse quadro profissional. Afinal, ninguém quer gastar seu tempo livre trabalhando. Quando a escola não prevê o plano de aula dentro da jornada de trabalho, não pode esperar ou cobrar que ele seja bem elaborado.

A valorização do professor como o melhor caminho para o futuro da educação | Sponte

Conhecimento específico

Para elaborar um bom plano de aula, o professor precisa obrigatoriamente de dois tipos de conhecimentos: técnicos e específicos. 

O primeiro deles é o básico: domínio da matéria sobre a qual ministra aulas. Apesar de parecer óbvio, algumas  instituições, diante da falta de docentes, realocam professores com formação em outras disciplinas.

O segundo é o conhecimento sobre as metodologias que podem ser aplicadas. Dessa forma, é possível pensar na melhor maneira de transmitir conhecimento de acordo com o perfil de cada turma. 

🔎 Leia mais: Como ter os melhores docentes na sua escola?

Criatividade

Professores criativos conseguem formular aulas que surpreendem seus alunos, captando a sua atenção e fortalecendo o processo de aprendizagem. 

Isso não quer dizer que todas as aulas precisam ser um espetáculo de entretenimento. Grande parte das vezes, o tradicional bem-feito funciona muito bem. Mas quebrar a monotonia, sempre que possível, trás fôlego para o enfrentamento da rotina. 

À gestão da escola, cabe criar meios para estimular a criatividade de seu corpo docente. 

Documentação

Se o planejamento de aula é um documento, fica óbvio que ele deve seguir regras e padrões. 

Já de partida, ele deve se enquadrar na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e demais legislações que regem o ensino, como o Código de Ética Profissional e o Projeto Político Pedagógico (PPP) do curso.

🔎 Leia mais: Como fazer um plano de aula de acordo com a BNCC?

Itens obrigatórios em um plano de aula

  • Nome da escola
  • Nome do professor
  • Nome do autor do plano de aula (caso ele seja diferente do professor que vai lecionar)
  • Turma a ser atendida
  • Título ou tema
  • Objetivos
  • Conhecimentos prévios
  • Local
  • Duração
  • Metodologias
  • Recursos necessários
  • Avaliação
  • Referência bibliográfica

Planejamentos distintos para diferentes níveis de ensino

Se turmas diferentes precisam de planos de aulas diferentes, quem dirá para diferentes níveis de ensino. 

Para cada fase, a BNCC preconiza direitos que devem ser defendidos de acordo com a faixa etária e maturidade intelectual. 

Em comum, o Ensino Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio devem levar em conta as dez competências gerais da BNCC: 

  1. Conhecimento
  2. Pensamento científico, crítico e criativo
  3. Senso estético e repertório cultural
  4. Comunicação
  5. Cultura digital
  6. Autogestão
  7. Argumentação
  8. Autoconhecimento e autocuidado
  9. Empatia e cooperação
  10. Autonomia

Estas competências ainda são subdivididas em: Áreas de conhecimento; Competências específicas; e Habilidades. Neste caso, são orientações diferentes para os Ensinos Fundamental e Médio (para saber mais, leia sobre a BNCC na íntegra).

Já para o Ensino Infantil, em vez de áreas de conhecimento ou componentes curriculares, são tratados campos de experiência. Neles, a aprendizagem e desenvolvimento devem assegurar seis direitos: conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se. 

É preciso levar todos esses aspectos em consideração  antes de começar a compor um plano de aula.

Ou seja, os responsáveis pelo planejamento, seja professor, pedagogo ou gestor, devem dispor de tempo, conhecimento específico, documentação e criatividade para preparar um plano eficiente, que contemple escola e alunos.

O que mais é preciso considerar no momento de elaborar um plano de aula?

O planejamento de aulas bem-sucedido | Sponte

Regionalidade

O nível do ensino deve ser o mesmo, a metodologia pode até ser a mesma, mas a informação a ser repassada deve estar de acordo com as necessidades regionais e locais. Isso leva em conta considerações ambientais, sociais e culturais, que  são diferentes em cada região deste país continental que é o Brasil.

Percepção da turma

Por mais que você planeje com detalhes o andamento da aula, cada turma pode recebê-la de maneiras diferentes. É preciso conhecer a turma para conseguir planejar o ritmo da aula, a didática utilizada e o método de avaliação. Ou seja, boa parte das indicações vêm da percepção que o planejador tem sobre os alunos. 

Para tanto, é inevitável que a escola tenha uma boa comunicação com seus alunos, sem ruídos, assim como com seus pais, para que haja não apenas abertura para que participem da gestão pedagógica, mas também engajamento nesta atividade.

Identificação

Estimular o interesse dos alunos é um dos desafios do trabalho diário do professor, e uma das formas para alcançar isso é relacionar o conteúdo com o cotidiano dos estudantes, gerando identificação. Inclua no planejamento de aula os interesses dos alunos para que eles relacionem o aprendizado com o seu dia a dia. 

Metodologia

A metodologia utilizada por ser grande aliada do professor na sala de aula, tornando o aprendizado mais dinâmico e, consequentemente, mais atraente.  

Listamos alguns exemplos de metodologias que podem ser usados no dia a dia:

  • Aula expositiva
  • Exercícios complementares
  • Estudo de caso
  • Interpretação de texto
  • Mapa conceitual
  • Pesquisa de campo
  • Dramatização
  • Painel
  • Solução de problemas
  • Seminário
  • Produção de vídeo

Objetivos

Para elaborar um plano de aulas, o professor precisa saber qual o objetivo que se pretende alcançar e o que os alunos serão capazes de fazer ao final do conteúdo. Pensar em objetivos é uma boa forma de avaliar o desempenho da aula. Compartilhar as expectativas com os alunos também é uma boa opção.

Como manter alunos engajados? | Sponte

Utilizar informações consistentes pode direcionar suas aulas

Contar com um sistema de gestão educacional, como o Sponte, ajuda a direcionar o planejamento das aulas para terem mais eficiência. 

A utilização de dados permite medir o que dá certo e para qual turma, por exemplo, por meio do desempenho dos alunos nas avaliações.

Neste sentido, trabalhar com análise de dados educacionais é como mirar no alvo, aumentando as chances de acertá-lo. 

A partir da análise das informações registradas no sistema, fica mais fácil entender o que funciona para cada turma, quais metodologias conseguiram maior retenção de atenção e o que rende maior desempenho. 

A partir dessas informações, a construção do planejamento fica mais orgânica, estimulando os pontos fortes e trabalhando as deficiências. 

Elaborar um plano de aula não é simples, mas é necessário

Apesar de fazer parte da rotina dos profissionais de educação, não é simples construir um planejamento de aulas bem sucedido, mas fazê-lo com cuidado é o que resulta em um ensino pleno. 

É preciso tempo, dedicação e estudo, mas vale a pena que a escola invista seus recursos para colher bons resultados.

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