Mais do que nunca, as escolas estão preocupadas em oferecer aos alunos uma formação que ultrapassa as barreiras do ensino tradicional. Educadores do mundo todo falam atualmente que tão importante quanto os conteúdos básicos é a educação que prepara os alunos para os desafios fora da sala de aula.
Além de ter acesso a conhecimentos básicos das disciplinas clássicas, como língua portuguesa, ciências e história, é essencial que os alunos também se formem preparados para ocupar seu espaço na sociedade.
Nosso mundo está repleto de problemas e fragilidades, principalmente com sérias questões sociais e ambientais. E é nesse mundo que as futuras gerações assumirão responsabilidades para ajudar na construção de uma sociedade mais justa, igualitária e sustentável.
É nesse contexto que surge o empreendedorismo social, com uma série de práticas que visam justamente resolver diversos problemas da sociedade. E, pensando na preparação dos jovens de hoje, muitas escolas começaram a implementar esse assunto em seus processos educacionais, de forma complementar ao currículo obrigatório.
Mas o que caracteriza o empreendedorismo social e como torná-lo parte da proposta pedagógica da escola? A seguir responderemos essas questões:
Apesar de ser um termo muito usado atualmente, o empreendedorismo social se popularizou na década de 1980, como uma forma de utilizar as experiências e técnicas do processo de empreendedorismo para ajudar a sociedade e resolver problemas.
Com um olhar voltado para o bem-estar coletivo, o empreendedorismo social tem uma visão muito mais sistêmica da sociedade, onde cada integrante tem sua função e sua importância. Assim, ele mostra a necessidade de pensar no outro além de em si mesmo.
Atualmente o empreendedorismo social está voltado principalmente a questões sociais e ambientais. Além disso, sua estruturação se baseia em iniciativas que possuem propósitos sociais, mas não necessariamente descartam as possibilidades de lucro.
Para esse tipo de empreendedorismo, os resultados para a sociedade são tão importantes quanto o dinheiro e, por isso, uma coisa não exclui a outra necessariamente.
O empreendedorismo social trabalha com valores como proatividade, espírito de liderança, espírito de equipe, capacidade de planejamento, além de sensibilidade e empatia para compreender o contexto em que o aluno está inserido e identificar necessidades a serem sanadas.
Esses valores, oriundos do empreendedorismo clássico – que visa a criação, manutenção e lucro de uma empresa – e misturados com práticas socioemocionais, são a chave para a educação da nova geração, estando totalmente alinhados com as demandas sociais da atualidade.
Portanto, fica muito claro como a implementação do empreendedorismo social é um fator que auxilia muitas escolas a cumprirem seus objetivos institucionais a partir de um propósito claro, além de ações efetivas que irão beneficiar a comunidade escolar e a comunidade civil.
Inclusive, as relações entre a escola e a comunidade em seu entorno certamente serão fortalecidas através dos projetos desenvolvidos pelos alunos nas atividades de empreendedorismo social.
Além de ter um valor institucional muito grande, também é muito vantajoso se apresentar como uma instituição de ensino ativa, com práticas que vão além da sala de aula e proporcionam uma formação bem mais completa aos alunos. Afinal, uma escola com tais princípios tem mais chances de captar e reter estudantes.
As ações promovidas pela escola envolvendo o empreendedorismo social também são uma forma de envolver pais e responsáveis nas atividades escolares.
Portanto, integrar a comunidade escolar em torno de um propósito comum é um dos pontos positivos que devem constar na lista em favor do empreendedorismo social.
Para que o empreendedorismo social seja trabalhado de forma integral e eficiente, ele não pode estar presente em ações isoladas. Ou seja, obrigatoriamente a escola deve repensar seus processos para que estes sejam coerentes com as práticas empreendedoras que serão ensinadas.
O primeiro passo é revisar o projeto político-pedagógico da escola, de forma a adequá-lo às novas atividades que serão desempenhadas. Além disso, é importante prever de que forma o empreendedorismo social se fará presente na instituição, como uma disciplina ou de forma integrada a outras disciplinas.
A adequação do empreendedorismo social ao currículo e aos conteúdos ensinados é fundamental para que o processo pedagógico seja coeso.
Em outras palavras, o empreendedorismo social não pode estar alheio às outras atividades e conteúdos da escola, mas sim deve caminhar de mãos dadas com tudo que o aluno aprende, pois é através das práticas empreendedoras que os estudantes verão a aplicação de seus conhecimentos.
Além das dinâmicas em sala de aula e projetos que envolvam toda a comunidade escolar, nesse momento há de se pensar também na forma de avaliação dos alunos a respeito de como foi a experiência com o empreendedorismo social na escola.
Para isso, é muito importante que os gestores escolares, pedagógicos e professores compreendam que tão importante quanto avaliar os resultados é analisar o processo de desenvolvimento dos projetos e atividades.
Ao se propor projetos e ações de empreendedorismo social com os alunos, é esperado que eles encontrem e superem desafios, que demonstrem suas habilidades e também pontos que precisam de atenção para que possam se desenvolver plenamente dentro da proposta pedagógica.
Esse caminho percorrido pelo aluno, tão revelador para o professor, deve ser considerado no momento de avaliação. Pois é o momento de responder às seguintes questões:
Tudo isso entra nesse novo processo de avaliação, que deve constar no projeto político-pedagógico, guiando os passos dos professores para que a proposta se cumpra.
As atividades de empreendedorismo social, por sua vez, são propostas oriundas de ideias e experiências trazidas pelos professores, pelos próprios alunos, por suas famílias e até mesmo por outros funcionários da escola.
Por isso, ressalta-se também a importância de abrir canais de diálogo entre a gestão e toda a comunidade escolar. Pois é por meio dessas perspectivas das necessidades sociais do mundo fora da instituição que surgirão as ideias de projetos que oferecerão soluções a elas.
Levar o empreendedorismo social para a escola é uma missão que demanda dedicação por parte dos gestores, pois significa rever a proposta pedagógica da instituição, de acordo com as recomendações da BNCC.
Além disso, para que os objetivos das novas práticas sejam atingidos, fortalecer os laços entre a comunidade escolar é fundamental. Sabendo de tudo isso, o uso da tecnologia como parceira da gestão escolar e das dinâmicas de ensino acaba sendo muito interessante.
Com as ferramentas certas é possível melhorar o diálogo entre a gestão e os diversos públicos diretos da escola, como pais, alunos, professores e demais funcionários. Além disso, ferramentas que permitam o aprendizado online são muito bem vistas pelos jovens e potencializam as atividades propostas a eles, não limitando seu tempo de trabalho à sala de aula.
Sendo o empreendedorismo social a proposta de um novo olhar para a comunidade que afetará a escola inteira, nada melhor que uma ferramenta tecnológica que auxilie na integração de todas as áreas da instituição de ensino.
Um sistema de gestão escolar, como o Sponte, consegue integrar a gestão escolar com os setores administrativos, pedagógicos e financeiros da escola. Com ele, a desburocratização dos processos internos é mais simples, o que oferece praticidade e eficiência para que o tempo de trabalho de todos seja muito mais produtivo. Assim, há tempo para focar no desenvolvimento de novas atividades.
Além das vantagens ligadas diretamente à gestão, há também a oportunidade de usar ferramentas tecnológicas como instrumento de auxílio para as atividades de empreendedorismo social. Afinal, o uso de tecnologias para solucionar problemas da nossa sociedade é uma forte tendência não só para o futuro, mas já presente nos dias de hoje.
Esperamos que com esse post tenha ficado claro como o empreendedorismo social pode ser benéfico para a comunidade escolar e para o desenvolvimento dos alunos.
O empreendedorismo social já é uma realidade na sua escola? Nos conte nos comentários!
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