O ano de 2020 mal começou e foi como se um tornado tivesse passado, levando embora todas as certezas que a nossa sociedade tinha sobre o futuro. Nosso modo de viver foi profundamente afetado e tivemos que nos adaptar subitamente a uma nova realidade de restrições e isolamento.
E nesse novo mundo, as escolas foram drasticamente impactadas pela pandemia de covid-19. Não só porque as aulas presenciais foram suspensas, mas também pela necessidade de adequação, tanto das metodologias usadas em aula quanto dos próprios alunos e professores para o desafio das aulas online.
O principal tema de discussão entre os educadores se tornou o uso das tecnologias para o ensino remoto, por meio de vídeos e atividades online em plataformas como a Sala de Aula Online do Sponte.
As famílias também sentiram as mudanças para as novas metodologias, e muitos pais e responsáveis precisaram aprender como a tecnologia do ensino remoto funciona para ajudarem seus filhos, especialmente as crianças mais novas.
E agora, após mais de um ano trabalhando majoritariamente nesse sistema, naturalmente a comunidade escolar foi se habituando à nova rotina.
Contudo, isso não significa que os problemas tenham acabado. Muito pelo contrário. Mais do que nunca, os professores se sentem pressionados a entregar resultados e a manter o engajamento dos alunos nas aulas online, enquanto lidam com as incertezas que ainda fazem parte da rotina escolar por conta do coronavírus.
Quais desafios esperam os professores daqui para frente?
A cobrança sobre o ensino remoto e os resultados durante a pandemia
A sobrecarga dos professores no ensino remoto
Professores em ensino remoto estão enfrentando a síndrome de burnout
Qual é o futuro do ensino remoto?
Muitas escolas retomaram as aulas presenciais no início de 2021, mas, com o aumento das contaminações nos últimos meses, essa decisão foi revogada em alguns municípios e o ensino 100% remoto ou híbrido voltou para auxiliar no cumprimento das atividades.
Contudo, graças à experiência do último ano, em que as aulas se deram praticamente todas no ambiente virtual, alunos, professores e comunidade escolar tiveram mais tranquilidade nessa adaptação.
Em contrapartida, esse “abre e fecha” das escolas é o primeiro grande desafio que está sendo enfrentado pelos educadores.
Tanto que muitas escolas pelo Brasil sequer retornaram às aulas presenciais. Não houve tempo. E a própria incerteza acerca de quando isso acontecerá já é motivo de angústia para os professores.
De um lado, o desejo de voltar à sala de aula, de ter contato com os alunos e colegas de trabalho, além de desfrutar de um ambiente próprio para o ensino. Do outro lado, o medo de que, mesmo com todos os protocolos de segurança, haja contaminações dentro dos muros da escola.
A vacinação, no Brasil, segue a passos lentos. Alguns estados como Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e São Paulo, por exemplo, já iniciaram a vacinação em professores, mas essa não é a regra para a maioria dos estados.
Para milhares de profissionais da educação no Brasil o medo do coronavírus ainda é algo que assombra.
Obviamente, as escolas precisarão ser reabertas em algum momento. Mas, para isso, é preciso pensar com cuidado em como esse processo de reabertura se dará. Um planejamento cuidadoso é essencial para suprir a demanda de trabalho dos funcionários de forma adequada, além de fornecer toda a segurança necessária.
O ensino a distância criou muitas vantagens para a educação, entre elas a praticidade e a possibilidade de estender o período de aprendizado para além das horas em sala de aula.
No entanto, no contexto em que foi colocado para as escolas de ensino básico, o ensino remoto acabou se tornando um obstáculo por vários motivos.
Primeiramente, foi um desafio para os educadores que não estavam acostumados a usar a tecnologia para esse fim. Aqueles que têm uma formação mais tradicional e não fizeram nenhum curso de atualização, por exemplo, sofreram mais com a dificuldade de mexer com o audiovisual.
Além disso, houve a necessidade de se pensar como aplicar e avaliar as atividades de forma não presencial. No fim das contas, as aulas online foram um aprendizado também para o professor.
Para os alunos, os desafios variam desde a dificuldade de acesso à internet até a não adaptação à metodologia. É claro que houve casos de alunos que se deram bem com o ensino remoto, mas essa definitivamente não foi a regra.
Diante disso, vem a preocupação dos professores em relação ao aprendizado de seus alunos: se o conteúdo foi assimilado, se todas as dúvidas foram tiradas.
Muitas escolas verificaram uma defasagem no aprendizado de forma geral. A solução foi reorganizar o calendário para 2021, prevendo uma retomada dos conteúdos que não foram vistos até o fim do ano letivo de 2020.
Há muita pressão vinda, também, das famílias, já descontentes com a situação desde o início. O fato é que muitos pais desacreditam do sistema de ensino remoto para a educação básica e, na perspectiva de vários deles, os erros pesaram mais que os acertos durante o processo de adaptação.
Muitos pais e responsáveis, ainda, afirmam que seus filhos não obtiveram rendimento semelhante no ensino remoto se comparado às aulas presenciais. Daí a cobrança em cima dos professores para cobrir esse prejuízo.
Por isso, é essencial que a escola possua uma coordenação que faça o intermédio entre responsáveis, alunos e professores. Assim, essas cobranças não se tornam um fardo tão pesado nas costas dos educadores.
De toda forma, durante todo o ano de 2021, a equipe de docentes correrá contra o tempo, se esforçando para cumprir com as obrigações do calendário e dar conta de todo o conteúdo que faltou do ano anterior, mais o que era previsto para este ano.
Tudo isso lidando com as expectativas das famílias e da própria coordenação pedagógica, em um período de incertezas que divide opiniões e surpreende a comunidade escolar a cada decisão de fechar e reabrir a instituição para o ensino presencial.
A chegada repentina do ensino remoto transformou completamente a rotina do professor. Ministrar as aulas por meio da plataforma escolhida pela escola é só a ponta do iceberg em termos de trabalho.
A preparação das aulas para o ambiente online obviamente se difere em vários aspectos em relação à aula presencial, o que foi um empecilho para os profissionais que não estavam familiarizados com as plataformas.
Salas de aula online, planilhas, grupos de WhatsApp, correção e atribuição de notas online: tudo isso é muito novo e, no contexto atual, está demandando muito mais tempo dos professores.
Além da administração de todas essas redes, montar uma aula online que faça sentido e seja atrativa para o aluno é um desafio à parte.
Com isso, muitos educadores afirmam que o horário de trabalho se estende além do previsto, invadindo momentos que antes eram dedicados à vida pessoal e familiar. Essa falta de limites aumenta os níveis de tensão e estresse, levando à exaustão.
Contudo, a tecnologia apresentou formas de reduzir esse impacto, com o uso de ferramentas digitais como o Portal do Aluno do Sponte, que permite um controle maior das notas, presenças e atividades dos estudantes de forma remota.
Também conhecida como a síndrome do esgotamento profissional, a síndrome de burnout se tornou um problema ainda mais conhecido pelos educadores nesse último ano.
Originalmente, esse estado de exaustão constante atingia principalmente profissões cujas rotinas costumam ser extremamente tensas ou com excesso de responsabilidades, como médicos, policiais, oficiais de justiça, atendentes de telemarketing, entre outros.
Mesmo sendo uma carreira que sempre exigiu muito dos profissionais, os professores entraram nessa lista com destaque nos últimos tempos graças à sobrecarga de trabalho e à pressão em manter a qualidade do processo pedagógico de seus alunos no ensino remoto.
A soma de todos esses desafios cotidianos, mais a incerteza do futuro, resultam em altos níveis de ansiedade e depressão e na síndrome de burnout. Entre os principais sintomas desta última doença estão:
A combinação desses problemas diminui muito a produtividade do professor, que já vinha enfrentando várias adversidades, fechando um ciclo que, com o passar do tempo, desgasta tudo à sua volta: os educadores, suas vidas pessoais, as relações de trabalho, o rendimento nas aulas, a relação com os alunos e seus pais etc.
Quando a situação se encontra nesse estágio, é essencial buscar ajuda profissional para auxiliar no tratamento da síndrome de burnout e no equilíbrio das relações interpessoais como um todo. Além de aprender a lidar com a ansiedade e incertezas que o período atual traz consigo.
Por fim, voltamos ao que deu início à discussão: a implementação do ensino remoto. Que espaço esse método de educação ocupará nas escolas nos próximos meses e anos?
Tal modalidade de ensino definitivamente não desaparecerá das instituições de ensino. Afinal, são inegáveis os benefícios e oportunidades que a tecnologia oferece à educação. O problema não é o ensino remoto em si, mas a forma como ele está sendo aplicado, que é absolutamente limitada devido à pandemia.
Quando a rotina escolar começar a voltar ao normal, o que se espera é uma mistura do ensino remoto com o presencial, caracterizando um modelo de ensino híbrido nas escolas.
Desse modo, os professores poderão unir as vantagens das aulas presenciais a todas as possibilidades do ensino remoto, como na aplicação de metodologias ativas, que potencializam o aprendizado dos alunos.
Para auxiliar nessa nova jornada, diversos softwares para escolas foram desenvolvidos visando melhorar a comunicação entre todos os membros da comunidade escolar e facilitar tarefas diárias.
Um excelente exemplo é o sistema de gestão escolar Sponte, que conta com sala de aula online, portal do aluno, gestão pedagógica e muito mais, para auxiliar o trabalho de professores e gestores.
Se você quiser saber mais sobre as possibilidades do ensino híbrido para o futuro da educação, acesse nosso eBook sobre o assunto.