O papel da escola na sociedade vai muito além do ensino e aprendizagem de conteúdo e conhecimento científico. É na escola, desde cedo, que a pessoa aprende a socializar, tem contato com uma formação moral e cidadã, além, é claro, da formação intelectual.
Aliás, não somente os professores em sala de aula, mas toda a comunidade escolar deve trabalhar em conjunto para transmitir normas e valores que guiam e preparam a criança e o jovem para viver em sociedade.
É por isso que questões e tarefas com teor coletivo têm que fazer parte parte da organização curricular e dos princípios de todos que fazem parte da escola: gestão, corpo discente, administrativo etc. Tudo isso com o objetivo de levar a ética ao centro das atenções.
Mas como fazer isso? Para entender melhor o que estamos falando e saber como aplicar tudo isso na prática, continue lendo o texto.
Boa leitura!
O que mudou da escola de antes para agora?
Qual é o verdadeiro papel da escola?
Como abordar cidadania na escola?
Os métodos de ensino pensados para tornar a criança protagonista vêm ganhando força nas salas de aula. É só pensar na sua época de escola, em que as aulas eram estritamente expositivas, ou seja, o professor era o centro das atenções, enquanto os alunos apenas ouviam e copiavam o conteúdo passado na lousa.
Apesar de já existir teorias embasadas que falavam sobre isso, apenas atualmente isso passou a ser colocado em prática nas escolas com as transformações metodológicas e metodologias ativas.
A tendência é que cada vez mais a Escola tradicional passe a ser deixada de lado. Mas isso não deve ser levado como algo ruim, muito pelo contrário, toda essa transformação visa colaborar com uma nova imagem da escola que se aproxima de uma educação libertadora.
A sala de aula deve ser um espaço que colabore para o crescimento pessoal e intelectual da criança e do jovem, o que dificilmente se refletirá em um ambiente com salas fechadas, com carteiras enfileiradas e um palco em que o professor se mantém durante toda a aula.
Além disso, é cada vez mais comum contar com um ensino que foque na interdisciplinaridade e aptidão dos alunos, em vez de passar matérias separadas umas das outras sem fazer qualquer relação entre elas.
Veja mais: 4 passos para tornar seu aluno o protagonista do próprio aprendizado
Se considerarmos o que consta na LDB (Lei de Diretrizes e Bases), a escola possui a função social de formar cidadãos. Segundo o artigo 22:
“A educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.”
Em outras palavras: o papel da escola compreende preparar seus estudantes para as mais diversas demandas sociais.
Aliás, isso também inclui o papel fundamental que a escola tem a cumprir com a família do aluno. Afinal, a família também é responsável por ensinar a criança ou o jovem.
Por isso, é super importante que a escola trabalhe em conjunto e sintonia com os pais e responsáveis, sempre com muito diálogo e harmonia, assim, todos saem vitoriosos!
Nesse sentido, a escola, enquanto enquanto instituição formadora, também desempenha o papel de:
O educador José Carlos Libâneo afirma em seu livro “Pedagogia e pedagogos, para quê?”, publicado em 2007, que são três os objetivos da escola:
O primeiro é a preparação para o processo produtivo e para a vida em uma sociedade técnico-informacional, o segundo é a formação para a cidadania crítica e participativa, e o terceiro é a formação ética.
Seguindo o primeiro objetivo, o gestor escolar deve pensar em uma escola que deverá preparar o aluno para o mundo do trabalho e tecnológico. Muitas dessas mudanças e aplicabilidades estão acontecendo por causa do avanço da tecnologia , que tendem a estar cada vez mais presentes na educação.
O segundo objetivo, como já falamos ao longo deste texto, foca na formação de um aluno responsável por exercer a cidadania e ser capaz de ser um agente transformador da sociedade.
Já o terceiro objetivo, condiz com uma formação mais ética, isto é, os valores morais, limites para se conviver em sociedade etc.
Veja mais: Como ensinar e praticar a cidadania com as crianças?
Existem diversas formas de abordar a cidadania na escola e entender o papel da escola no cidadão, principalmente agora que ainda estamos superando os desafios da Covid-19 e exercer a cidadania em prol do coletivo é mais importante do que nunca.
A escola pode:
Pode ser pedido que eles levem roupas que não usam mais para a escola, a fim de fazer uma doação para quem precisa, ou até mesmo pedir para que eles criem desenhos para serem colocados nas lixeiras da escola, para que eles entendam a importância de separar o lixo e jogá-lo corretamente.
Além disso, o processo de votação e debates — incluindo saber seu momento de falar e ouvir — também é algo que faz parte da cidadania.
Mas é importante que eles se sintam parte da comunidade escolar, ou seja, sintam-se ouvidos!
Não ignore o que eles têm a dizer. É claro que não é tudo que será levado em consideração, mas procure sempre ser uma gestão que tenta entendê-los e explicar “o porquê sim e o porquê não”.
Em vista que os alunos, atualmente, são nativos-digitais, a cidadania digital não pode ficar de fora da sua escola. Basicamente, ela consiste na ideia de entender o contexto de tecnologia que estamos inseridos e aprender a viver essa realidade de forma consciente, sempre respeitando os limites de cada um e da sociedade como um todo.
Já que um dos principais pontos discutidos é de tornar o aluno protagonista do processo de aprendizagem, você pode contar com um sistema de gestão escolar para reduzir os ruídos de comunicação da comunidade escolar.
Por meio de um sistema, tanto os alunos quanto seus pais e responsáveis conseguem:
Quer saber mais sobre como sua gestão escolar pode fazer para manter os alunos engajados? Então, assista à palestra realizada pela Lana Paula Crivelaro, Consultora Educacional da UNESCO e avaliadora de Regulação do INEP/MEC: