A educação do futuro já chegou. Vivemos uma era de transformações digitais nas escolas, com tecnologia, novas metodologias, ensino socioemocional e muito mais desafios para a gestão pedagógica. Por isso, é preciso se perguntar: qual o papel do professor do futuro nesse novo mundo?
As escolas de hoje estão migrando para um modelo de educação diferente e os professores que estiverem realmente engajados no ensino estarão entre os protagonistas dessa mudança.
São eles que passam horas em contato direto com os alunos e que devem abraçar as novas tecnologias e metodologias para abrir as portas para uma educação transformadora.
Por isso, a gestão escolar tem de entender quais são as tendências para professores nesse momento e qual é o futuro da pedagogia, para ajudar seus educadores.
🔎 Leia também: O que é gestão pedagógica? Tudo o que você precisa saber para sua escola.
Você é um docente e quer saber como adaptar-se à educação do futuro? Ou você é um gestor e quer saber como ajudar sua equipe pedagógica a ficar ainda melhor? O texto a seguir está preparado para te guiar nesses dois caminhos fundamentais.
O primeiro passo para preparar professores do futuro é entender as demandas na nova educação. Cada educador e cada gestor precisa ter consciência clara de como a escola já está se transformando.
Por muito tempo, a educação baseou-se em aulas expositivas, em que o professor leciona e os alunos absorvem o conhecimento passivamente, tendo de provar a memorização desse conteúdo por meio de avaliações.
A principal novidade das escolas do futuro envolve transcender esse conceito, abordando novas metodologias — que já fazem parte de muitas escolas atualmente.
Ou seja: a educação do futuro já chegou e está cada vez mais ocupando espaço, com transformações como:
🔎 Leia mais: Como fortalecer o vínculo entre professores e gestão escolar.
🔎 Leia mais: Como um sistema de gestão escolar vai transformar o trabalho de seus professores.
Esse cenário que acabamos de citar é o que os professores vão encarar na educação do futuro. Muitos, inclusive, já estão lidando com essas demandas, buscando capacitações por meio da formação continuada e preparando-se para garantir um ensino de qualidade, adequado às necessidades das novas gerações.
Quer seguir esse caminho? Então confira as nove principais tendências para professores do futuro:
Como vimos, não há mais espaço para o professor que se limita às aulas expositivas. Com as metodologias ativas, é preciso deixar o aluno ser protagonista do próprio aprendizado.
Nesse cenário, o professor deixa de ser o detentor das informações e não atua mais apenas como um palestrante. Agora ele dá aos alunos espaço e voz dentro de sala de aula e marca sua atuação como um orientador, mediando a relação ensino-aprendizagem e guiando o aluno para que ele próprio possa conquistar o conhecimento.
🔎 Para saber mais sobre como fazer isso, confira: Metodologias ativas de aprendizagem: saiba o que são e como incluí-las em sua escola.
🔎 Leia também: Metodologias ativas: quais as vantagens e como contribuem na educação?
A transformação da educação do futuro abraçou a psicologia e a neurociência para entender como o cérebro dos alunos funciona e como usar essa informação para melhorar o ensino.
A partir disso, chegamos a dois conceitos fundamentais: gamificação e neuroeducação.
A gamificação usa mecanismos de jogos, como pontos, recompensas e rankings, para deixar as aulas mais interessantes e atrair a atenção dos alunos.
Já a neuroeducação, ou neurodidática, compreende a importância da emoção para ajudar os estudantes a absorverem o conhecimento.
Professores do futuro precisam dominar esses conceitos para potencializar suas aulas.
🔎 Ainda não conhece esses princípios? Então acesse:
O professor sempre precisou ter um domínio do conteúdo lecionado, mas agora, com metodologias ativas, novidades trazidas pelos alunos e um ensino mais horizontal, é importante estar ainda mais preparado.
Por isso, o educador requer formações constantes para manter-se afiado nos assuntos de sua disciplina.
Com a transformação digital da educação, tornou-se necessário que o professor use as tecnologias de maneira efetiva, sem perda de tempo e explorando todas as possibilidades que elas dão à aprendizagem.
Além disso, é fundamental aproveitar as redes sociais também. Isso porque elas fazem parte da rotina dos alunos e podem ser “canalizadas” para melhorar os resultados da disciplina.
Professores do futuro precisam ouvir seus alunos, dando espaço para que eles exponham suas experiências e suas realidades para construir um ensino mais conectado ao mundo real.
Por isso, é importante exercitar a escuta ativa, uma técnica que permite ao ouvinte (neste caso, o professor) dar todo o foco necessário para o interlocutor (os alunos).
Essa prática envolve a empatia e o uso de perguntas investigativas para mostrar atenção e ajudar o aluno a comunicar o que ele deseja. Também é importante usar validação do entendimento, repetindo de forma parafraseada o que o estudante disse, para deixar claro que tudo foi entendido.
Com essa técnica e uma atenção séria à realidade dos estudantes, é possível criar laços verdadeiros com sua turma.
Na educação do futuro, o docente precisa ser capaz de controlar suas emoções, não pode demonstrar estresse e deve ter tranquilidade para lidar com situações adversas com seus alunos.
Isso requer o desenvolvimento de mindfulness, um conjunto de técnicas que permite aumentar a concentração e o foco, diminuindo o estresse da rotina escolar.
Também é essencial ter inteligência emocional, que é a habilidade de identificar e lidar positivamente com seus sentimentos e emoções.
🔎 Para conhecer melhor esses dois conceitos, leia: Mindfulness e inteligência emocional: por que professores e gestores precisam disso?
Há várias escolas diferentes da pedagogia, desde a montessoriana até a freiriana, passando pela Waldorf, construtivista, tradicional e tantas outras.
Muitas vezes a escola segue uma linha específica, mas é importante conhecer as diferentes possibilidades, principalmente no que diz respeito à pedagogia progressista, que abrange questões sociais e as leva para o contexto educacional.
Isso é fundamental na educação do futuro, pois abre as portas para abordar a realidade do estudante e desenvolver um ensino realmente focado em ajudá-lo a crescer nesse ambiente.
Já vimos que desenvolver as competências socioemocionais é um ponto central da educação do futuro. Quando o educador conhece essas demandas, ele pode transformar o ensino em uma experiência muito mais produtiva, acolhedora e efetiva para seus estudantes.
🔎 Para conhecer as competências socioemocionais e abordá-las em sua escola, confira: Quais são as competências socioemocionais importantes para desenvolver na escola?
A educação do futuro compreende que a aprendizagem não pode ser uma obrigação. Ela deve ser uma paixão, que motive os alunos a explorar sua criatividade, investigar suas curiosidades e buscar todo seu potencial.
Assim, cabe ao professor dar o exemplo. Por passar muitas horas com seus alunos, ele tem o potencial de ser um verdadeiro exemplo de paixão pela educação que os inspire a estudar com prazer.
Para isso, ele deve buscar formação continuada e trabalhar constantemente na criação de um ensino realmente estimulante.
Contudo, ter um professor apaixonado e engajado depende muito da gestão escolar. Afinal, sem a motivação adequada, é difícil para qualquer educador acender o amor pelo conhecimento em seus alunos.
Por isso, o futuro da educação depende da valorização do professor em sua escola. Veja a palestra abaixo e descubra como garantir esse engajamento em sua equipe pedagógica: