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10 problemas que adolescentes enfrentam na escola

6 min de leitura

A adolescência é uma fase de muitas mudanças físicas, mentais e sociais na vida de todos. Por isso, é comum que a escola e os estudos sejam afetados. E com a internet e as redes sociais, os problemas podem, inclusive, aumentar.

A adolescência é uma fase de muitas mudanças físicas, mentais e sociais na vida de todos. Por isso, é comum que a escola e os estudos sejam afetados. E com a internet e as redes sociais, os problemas podem, inclusive, aumentar. 

No fim das contas, tudo isso contribui muito para que os adolescentes tenham dificuldades na hora de estudar e até de planejar seu futuro

Assim, as mudanças da adolescência podem afetar diretamente o desempenho escolar e as notas do aluno. 

Ainda mais considerando que, com o avanço do estudante na escola, os conteúdos abordados vão se tornando mais complexos, as exigências aumentam, a ansiedade pré-vestibular chega e tudo pode acabar se tornando demais para o jovem administrar.

É importante ter em mente que é completamente normal o adolescente enfrentar problemas nessa fase. Inseguranças e dúvidas fazem parte do desenvolvimento de qualquer pessoa.

Contudo, educadores e gestores podem ajudar o jovem a se desenvolver e superar os maiores desafios desse momento. Para isso, é preciso que a escola aja em conjunto com a família e com o próprio adolescente.

Além disso, para poder ajudar, a escola precisa conhecer bem os desafios que esses estudantes estão enfrentando. 

Pensando nisso, montamos uma lista com os 10 principais problemas que os adolescentes têm que lidar e que atrapalham no rendimento e desenvolvimento escolar. Também separamos algumas ideias de como a escola pode ajudar. Acompanhe!

Desequilíbrios de sono
Bullying e discriminação na escola
Uso inadequado do celular
Internet como uma distração para os adolescentes
Problemas familiares e suas consequências para os adolescentes na escola
Excesso de atividades e estresse na adolescência
Conflito de gerações com família e educadores
Indefinição da própria identidade
Desenvolvimento da sexualidade
Envolvimento com drogas

1. Desequilíbrios de sono

Desenvolver qualquer atividade com sono é difícil, especialmente se for uma tarefa que exige esforço mental, como estudar. Não é incomum os adolescentes reclamarem de cansaço e adquirirem o hábito de dormir até mais tarde aos fins de semana e até tirar longos cochilos durante o dia.

Além de ser consequência de uma rotina desequilibrada, isso acontece porque o organismo deles está em pleno desenvolvimento e crescimento, utilizando muito mais energia do que normalmente. Não por acaso, o apetite também tende a aumentar nessa fase da vida.

Adolescentes precisam dormir pelo menos 8 horas por dia. Quando isso não acontece, o raciocínio se torna mais lento e falta disposição para dar conta das atividades.

Quando o aluno chega ao limite de pegar no sono em sala de aula, ou está sempre cansado, a gestão escolar deve procurar a família para uma conversa

Junto aos pais e responsáveis, é possível tentar organizar os horários do aluno para que ele tenha uma rotina equilibrada e esteja mais disposto durante o dia.

Além disso, a própria estrutura do horário escolar pode ajudar. Colocar aulas que exigem muita concentração e raciocínio logo no primeiro período pode não ser a melhor estratégia. Se o problema do aluno é justamente o sono e a falta de foco, o prejuízo para essas matérias pode ser muito grande.

Então é mais indicado privilegiar aulas que sejam mais dinâmicas nesses momentos. Nos primeiros horários da manhã, por exemplo, é válido priorizar disciplinas mais interativas, que já contem com metodologias ativas e maior participação dos alunos. Assim, é mais fácil estimulá-los para as aulas seguintes.

Além disso, também é interessante que as turmas de Ensino Médio tenham prioridade nas aulas de Educação Física nos primeiros horários. Isso pode ajudá-los ainda mais a despertarem o corpo e a mente.

2. Bullying e discriminação na escola

Segundo a Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Talis, na sigla em inglês), de 2019, 18% dos administradores das escolas de Ensino Médio brasileiras apontaram que o bullying é um problema muito frequente em ambientes de ensino, ocorrendo semanal ou diariamente.

Esse número é consideravelmente maior do que a média internacional (14%) e é um problema muito sério, que realmente assombra adolescentes do país inteiro.

Afinal, a adolescência é uma fase em que o jovem ainda está buscando se encontrar, se conhecer e descobrir seu espaço em diferentes grupos sociais.

Ao sofrer com o bullying, o adolescente acaba achando que não é aceito em nenhum grupo, que ninguém gosta ou se importa com ele. 

O impacto disso na saúde mental é gigante e afeta, inclusive, o desempenho escolar, principalmente porque o aluno não quer estar na escola, uma vez que enxerga esse ambiente como um lugar de infelicidade e opressão.

Enquanto instituição essencialmente plural, a escola tem a obrigação de coibir a prática do bullying. Para isso, fale abertamente sobre o tema e suas consequências, a fim de conscientizar os alunos sobre os malefícios desse tipo de violência. 

A gestão escolar e o corpo pedagógico precisam reconhecer o bullying que pode existir na rotina para que isso não se repita. Também é de sua competência levar os alunos a refletirem sobre as suas diferenças, aprendendo a conviverem, respeitarem e aceitarem uns aos outros.

  • Leia mais: Como trabalhar as diferenças na escola e promover o respeito entre os alunos.

Se for identificado o caso de um aluno vítima desse tipo de assédio, é preciso conversar com os pais ou responsáveis pelo estudante em questão, situá-los sobre o que está havendo e oferecer apoio para que eles possam lidar com a situação.

Quanto a quem praticou o bullying, a escola deve lidar com ele também. Além de conversar com a família, é fundamental que a instituição de ensino aplique uma política de conscientização de caráter educacional, para que ele assuma a responsabilidade pelos seus atos e não continue com esse tipo de comportamento.

Para tudo isso, é essencial que a escola trabalhe as habilidades socioemocionais de seus alunos.

3. Uso inadequado do celular

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Atualmente, praticamente todos os adolescentes possuem um celular. De fato, para todos nós, os smartphones são praticamente uma extensão de nossas vidas. Eles guardam dados importantes, nos dão acesso a uma série de ferramentas que facilitam o dia a dia e ainda são uma fonte de entretenimento.

O problema é que, algumas vezes, os celulares atrapalham os estudos dos alunos por serem utilizados em momentos indevidos, como, por exemplo, durante a aula. Antigamente, as escolas proibiam os smartphones ligados em sala, mas, hoje, essa não deve ser a realidade em sua instituição.

Especialistas perceberam que a tecnologia pode ser uma aliada do aprendizado e, sabendo disso, muitas instituições estão liberando o uso de celular em atividades específicas durante as aulas, sob a supervisão do professor para guiar os estudantes.

Obviamente que seu uso não deve ser generalizado, afinal, um aluno usando o celular e deixando a aula de lado é um desrespeito ao professor. 

O que se propõe é estabelecer regras para a utilização do aparelho como parte da educação, principalmente dentro de metodologias ativas de ensino, que envolvem a tecnologia como parte fundamental da aprendizagem.

4. Internet como uma distração para os adolescentes

A internet é um acervo de informações gigantesco que pode ser utilizado a qualquer momento. Porém, ela pode se tornar inimiga dos estudos quando serve apenas como uma ferramenta de distração para os jovens.

Assim como o celular, a internet não deve ser proibida, mas sim compreendida como uma ferramenta possível para potencializar o trabalho da escola e de suas metodologias. A ideia principal é transformar o ambiente online em um cúmplice da educação, e não um inimigo.

Existem várias formas de aliar a internet ao aprendizado. Mas, para isso, é importante ensinar os alunos a gerenciar seu tempo online, para que possam evitar problemas como a procrastinação. 

Além disso, também é importante orientar os alunos sobre:

  • Boas práticas no mundo online.
  • Uso respeitoso das redes sociais. 
  • Capacidade de buscar informações online.
  • Ferramentas para averiguar a veracidade de informações.
  • Entre outros.

Assim, durante o horário de aula, o professor pode aproveitar o melhor da web como ferramenta de ensino, usando os artifícios da própria rede. YouTube, blogs, redes sociais: use o universo dos adolescentes para o aprendizado! 

Mas lembre-se de que o uso da internet pelos alunos durante as aulas só deve ser permitido sob autorização e tutela do professor.

5. Problemas familiares e suas consequências para os adolescentes na escola

Ter alguns problemas em casa é absolutamente normal e, a princípio, não deve ser motivo de preocupação para a gestão escolar. Contudo, se sua equipe perceber que o rendimento escolar de um aluno diminuiu, ou que ele está tendo problemas para se socializar, é hora de intervir.

O ideal é que, com delicadeza, a direção ou a coordenação pedagógica chame a família para conversar, acompanhe o jovem e tente compreender junto a ele o que está acontecendo. 

O ponto principal não é que a escola se envolva em assuntos alheios. Na verdade, o centro da discussão é o aluno. 

É para isso que pais, responsáveis e escola estão trabalhando juntos: para buscar formas de resolver o problema se ele envolve o adolescente, ou de minimizar a forma como isso o impacta, se não forem questões relacionadas a ele.

São questões que nem sempre são simples de serem dribladas, mas definitivamente são possíveis. Lembre-se: a escola não é inimiga dos adolescentes. Ela deve ser um lugar de harmonia, conversa e mente aberta a novas experiências.

Também é importante que a equipe pedagógica seja capaz de perceber sinais de abuso familiar em seus estudantes. Se esse for o caso, busque conversar com os alunos e envolver as autoridades, se necessário.

6. Excesso de atividades e estresse na adolescência

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Aula de música, balé, capoeira, futebol, natação, inglês, vôlei… Atividades extracurriculares são ótimas para os jovens, mas a energia deles também tem limite!

O excesso de aulas fora do período escolar pode reduzir as horas disponíveis para descanso e até para os estudos, e acabar prejudicando o rendimento escolar.

Se sua instituição disponibiliza atividades extracurriculares, ofereça ajuda da coordenação para organizar o horário individual para cada aluno, garantindo que eles possam participar sem prejudicar seu desempenho.

Caso o problema venha de fora da escola, é fundamental informar os pais e responsáveis sobre o que está acontecendo.

É importante lembrar, também, que o adolescente está se preparando para o Enem, para o vestibular e para o mercado de trabalho. É um período muito estressante e ele precisa ter tempo para relaxar!

7. Conflito de gerações com família e educadores

A diferença de gerações é um dos principais problemas que as escolas enfrentam com adolescentes. Há uma distinção muito grande entre a realidade desses jovens e o dia a dia dos educadores, então, é importante que a gestão escolar se prepare para lidar com isso.

Professores e coordenadores devem saber respeitar as individualidades dos alunos, ao mesmo tempo em que reforçam a necessidade de que os adolescentes respeitem as regras da instituição. 

Se conflitos surgirem acerca de temas que dividem as opiniões, o diálogo é a melhor solução para que as partes possam se entender e conviver dentro do ambiente escolar.

Normalmente não é necessário o envolvimento dos pais e responsáveis, mas se assim for, é preciso parcimônia e jogo de cintura para equilibrar tantos pontos de vista. 

No fim das contas, os maiores problemas são o baixo desempenho nas aulas e dificuldades com a socialização entre os alunos. Fora isso, qualquer conflito geracional pode ser superado com base no diálogo, no respeito e na compreensão.

8. Indefinição da própria identidade

A adolescência é um período de muitas mudanças. É normal que os jovens nessa idade procurem definir quem são e mudem de estilos e comportamentos. Para eles, é muito importante pertencer a um grupo e isso também pode interferir no desempenho escolar.

A instituição de ensino não deve reprimir o esforço dos adolescentes de buscarem conhecer a si mesmos e se socializarem com pessoas que tenham os mesmos interesses. Mas é preciso estar atento se isso não está causando um problema de rendimento nos estudos.

Ter amigos é importante e se sentir parte de um grupo é ótimo, mas não pode atrapalhar os estudos, tampouco apagar a identidade própria e as singularidades de cada pessoa. 

Em outras palavras, uma pessoa não deve estar tão imersa em um grupo a ponto de deixar a própria vida, gostos pessoais e demais relacionamentos de lado.

Para garantir que isso não aconteça, a escola pode investir na contratação ou parceria com algum profissional de psicologia e oferecer esses serviços aos adolescentes para ajudá-los a manter uma vida social equilibrada. 

Palestras e rodas de conversa são eventos que podem ajudar a abrir o assunto com os jovens, para que eles comecem a se atentar a essas questões.

9. Desenvolvimento da sexualidade

É na adolescência que as primeiras experiências sexuais costumam acontecer. O desenvolvimento da sexualidade é algo absolutamente natural e deve ser tratado como tal. Assim, na maior parte dos casos, ele tende a ser saudável. 

Contudo, há situações em que essa sexualidade nascente atrapalha o desempenho estudantil. 

Isso pode acontecer porque o foco do aluno está desviado. Nesses casos, contar com o trabalho de um psicopedagogo e oferecer aconselhamento assim que for percebida uma mudança nas notas ou no comportamento é uma boa decisão.

Outra possibilidade está relacionada ao bullying que o aluno pode sofrer sobre a sua vida sexual e sua sexualidade. Se for o caso, o trabalho de conscientização é essencial para evitar que isso afete não apenas os estudos, mas também outros níveis da vida do estudante, impedindo-o até de expressar-se livremente.

As dúvidas, receios e medos desse momento também podem ser problemáticos, principalmente quando a sexualidade é tratada como um tabu.

Por isso, é importante que a escola abra diálogos sobre educação sexual, inclusive sobre a proteção contra Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). Quebrar o tabu sobre o assunto ajudará os alunos a compreenderem melhor a si mesmos e aos outros, tirando o estigma desse tema.

10. Envolvimento com drogas

Esse talvez seja o problema mais grave dentre todos os citados. Na adolescência, os jovens estão mais vulneráveis à atração do uso de drogas.

Gestores e educadores devem investir na prevenção desde o ensino fundamental, com reforço no Ensino Médio. Mantenha o diálogo aberto, mostre os efeitos e perigos das drogas e, principalmente, coloque a escola como amiga, aliada e um espaço em que o aluno não será julgado, mas sim acolhido.

Ao identificar um caso de envolvimento de aluno com drogas, avise os pais e responsáveis e avalie se o jovem precisa de ajuda de profissionais.

A importância da escola na adolescência

A adolescência é uma fase intensa para jovens, pais, educadores e gestores, mas ela pode ser vivida com saúde, satisfação e sem afetar o desempenho escolar!

Para isso, o adolescente precisa ter apoio familiar e, muitas vezes, ajuda profissional, como atendimento psicológico. Contudo, a atuação da escola também é fundamental para identificar problemas e ajudar esses jovens a crescerem de forma saudável e preparada para os novos desafios da vida adulta.

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Executivo com mais de 16 anos de experiência nas áreas de Tecnologia e Educação, liderando a gestão de produtos, marketing e experiência do cliente. Graduado em Tecnologia e especialista em Gestão de Negócios. Atualmente, é Diretor de Negócios da Sponte

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