Levando em conta que a Escola, hoje, ocupa um espaço que vai além do físico, ou seja, é responsável por transformar vidas, a Sponte tomou a iniciativa de promover um local de fala para profissionais experientes e engajados na área de educação e de gestão de diversos lugares do Brasil.
Com o objetivo de servir como ponte entre a comunidade escolar e as tendências educacionais de 2022, o I Sponte para a educação foi um evento dividido em três dias, focado em debater sobre os desafios e novidades na área educacional.
A abertura do evento, no primeiro dia, contou com os discursos dos idealizadores da Sponte, Reginaldo da Silva (CEO) e Clovis Sarturi (CIO). Ao todo, a empresa, referência em gestão de software educacional, possui mais de 2 milhões de alunos gerenciados, 30 mil usuários e 5 mil escolas conectadas.
Os fundadores também contaram que a Sponte é fruto de um sonho. Por acreditar que a educação é capaz de transformar vidas, relembraram que esse sonho nasceu há 23 anos, em busca de melhorar os processos educacionais, simplificar, eliminar burocracia na rotina da gestão escolar e, claro, ajudar a comunidade escolar como um todo.
Ah, você não conseguiu acompanhar o evento todo? Não tem problema! Continue a leitura e saiba sobre tudo que rolou nas palestras e rodas de conversa com nomes gigantes da área de educação, gestão e inovação:
A valorização do professor como o melhor caminho para o futuro da educação
Liderança em tempos de mudança
Preparando os alunos para um mundo não linear, instável e imprevisível
Gestão financeira escolar: tendências para 2022
Transformações metodológicas para manter os alunos engajados
Novo Ensino Médio: sua escola está preparada para esse novo modelo de ensino?
A abertura do I Sponte para a educação ficou por conta de Juliano de Melo Costa, vice-presidente de Produtos Educacionais da Pearson na América Latina.
Em sua fala, Juliano Costa destacou a valorização do professor como o melhor caminho para o futuro da educação, afirmando que é fundamental reconhecer o esforço gigante que as escolas e professores tiveram nesses últimos tempos.
Leia mais: Como ter professores engajados, que contribuem para a retenção e captação de alunos?
Após 1 ano e meio de pandemia no mundo todo, é bom vermos que, mesmo com muitos desafios, foi possível manter a escola caminhando.
Para Juliano Costa, este, então, é o melhor momento para falar da valorização do professor, que foi agente fundamental para que pudéssemos passar por esse deserto gigantesco que foi a pandemia.
O palestrante trouxe a fala do grandioso Paulo Freire: “Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas mudam o mundo”.
Segundo o convidado, a pandemia provou isso. Fecharam-se as escolas e os prédios centenários de educação, provando que, “para além desses prédios, para além dessas escolas, o que existe são pessoas. Aqueles que ensinam, aqueles que aprendem, e aqueles que ensinam e também aprendem. Então, fundamentalmente, a educação é um processo baseado em gente. Baseado em pessoas”.
Além disso, tudo é complemento, pois as próprias pessoas são ferramentas de transformação social.
Nesse sentido, Costa ainda fala a respeito da tecnologia fazer parte do processo educacional, como forma de melhorar os indicadores e até mesmo dar suporte ao trabalho dos professores.
Juliano cita que há muito caminho a ser trilhado pela educação. Um deles é que apenas 75% das crianças terminam o 9º ano. Uma boa parte delas não vai para o Ensino Médio. É um alerta vermelho em uma dificuldade que o país precisa superar, declara Costa.
Além disso, é muito importante considerar que, mesmo quem termina, não termina com as habilidades e competências esperadas de letramento linguístico e matemático.
Nesse quesito de letramento, até o 5º ano, os indicadores têm melhorado gradativamente, exceto durante o período de pandemia, que precarizou os números.
Entre os demais desafios do século XXI, estão:
Nesses pontos, a educação brasileira ainda está distante de ter bons resultados. Por isso, esse é um sinal que ainda há muito para se trabalhar a inclusão na escola, bem como a competência de desenvolvimento de um ensino socioemocional. Esses são pontos que precisam de atenção.
Todo esse panorama traz de volta a reflexão acerca da valorização dos educadores. Juliano Costa também fala sobre como a pandemia trouxe uma percepção muito clara de como os professores são importantes e afirma:
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“Valorizar o professor não é o único caminho para o sucesso da educação, porém, com certeza, é o melhor.”
Nesse sentido, cabe à escola proporcionar melhorias na rotina dos docentes. Isso pode ser feito de várias formas, oferecendo condições melhores de trabalho e incentivando a formação continuada por meio de retorno salarial para a classe.
Essa é a forma mais certeira de investir no futuro da educação: capacitar professores e proporcionar a eles condições favoráveis de trabalho, porque isso irá refletir diretamente no desenvolvimento escolar dos alunos e no desempenho da escola, afirma Juliano Costa.
Na sequência da programação do dia, o evento recebeu o Augusto Lins, presidente e um dos cofundadores da Stone, experiente no setor financeiro e de pagamentos há mais de 20 anos, para falar sobre liderança em tempos de mudança.
Augusto Lins trouxe reflexões sobre os impactos das inovações em diversos mercados, com ênfase maior na educação. Segundo ele, a tendência é que cada vez mais as pessoas busquem por soluções disruptivas nos diferentes mercados. Disso, surge a necessidade de a educação se adaptar também às novas tecnologias para acompanhar a mudança de comportamento dos consumidores.
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O presidente da Stone afirma que o mundo está passando por mudanças rapidamente. As escolas precisam acompanhar essas mudanças para alcançarem uma forma mais agradável de realizar processos.
Lins ainda apresenta um excelente panorama da marca Stone no Brasil. Não é à toa que a Stone conquista + de 1.400.000 clientes satisfeitos, + de 250 parceiros regionais e + de 14.000 pessoas construindo o próprio sonho.
Tudo isso é resultado de uma cultura construída em uma base sólida — tanto que já virou uma metodologia para outras empresas conhecida como o “jeito Stone” e até mesmo um livro sobre o caso “5 segundos: o jeito Stone de servir o cliente” —, além de, é claro, muito trabalho duro para oferecer soluções disruptivas, inclusive para a educação.
É nesse viés que encontramos o pagamento recorrente como uma nova tendência financeira que otimiza os processos das escolas. Esse meio de pagamento facilita a retenção de alunos, além de reduzir o trabalho da equipe escolar e melhorar o faturamento da escola.
E o pagamento recorrente por cartão de crédito não é apenas o método ideal para a gestão financeira, ele também é saudável para o cliente, já que a cobrança é realizada automaticamente.
Quer saber mais? Entre em contato com a Sponte.
No segundo dia de evento, o I Sponte para a educação recebeu o convidado Henrique Tichauer, sócio e fundador da EXP Inteligência Educacional.
Ele inicia a palestra apresentando ao público o termo VUCA — volatile, uncertain, complex e ambigous — para falar dos dias atuais.
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O primeiro ponto abordado por Henrique é o de que vivemos em um mundo volátil. A velocidade das mudanças é constante e crescente. O mundo que conhecemos já não existe mais e continua se modificando dia após dia.
Além disso, não há como negar que a sociedade se encontra em um contexto global incerto e altamente imprevisível. Assim como não se sabia que a pandemia aconteceria e mudaria todo o cenário educacional, é preciso estar preparado para toda e qualquer mudança.
O mundo atual é também bastante complexo. Cada vez mais, diversos fatores entram em tomadas de decisão. Como exemplo, Tichauer relembra do período inicial da pandemia, em que se acreditava que a infecção por covid-19 durava apenas duas semanas. Com o passar do tempo, foi possível observar que essa régua não poderia ser aplicada em todos os casos. É um exemplo da ambiguidade de ideias do mundo atual.
Nesse cenário, é preciso treinar os alunos para responderem questões que não são encontradas no Google. Eles precisam estar preparados para responder às complexidades do crescimento do mercado, além de desenvolverem novas habilidades, inclusive as socioemocionais.
Sob essa perspectiva, o palestrante traz a necessidade de desenvolver as sete principais habilidades que impactam no desenvolvimento dos jovens para o mercado:
Todas essas habilidades precisam ser desenvolvidas para a adaptação ao novo mundo, já que o mundo que conhecemos não existe mais. Ele se tornou não linear, instável e imprevisível. Para o sócio da EXP:
“Se tem uma coisa que não vai deixar de mudar, é a mudança”.
É preciso desenvolver a mentalidade dos jovens, bem como novas habilidades e ferramentas, para que eles sejam capazes de desenvolverem um mundo melhor. Esse é um valor inestimável que as escolas podem criar para seus alunos.
Portanto, Henrique dá dicas para os gestores escolares oferecerem aos jovens a oportunidade de desenvolverem esse papel de protagonismo no mundo novo.
Na segunda parte da programação, acontece uma mesa-redonda sobre as principais tendências financeiras para 2022 na gestão escolar, a qual foi mediada por Cristopher Ronsani Morais, Head de Produto da Sponte. Os convidados foram:
Durante essa troca de ideias, os especialistas falaram sobre os principais desafios na gestão financeira das escolas, como a inadimplência.
Um fator que aumenta muito a inadimplência é a falta de métodos diversificados de pagamento. O consumidor, muitas vezes, tem dificuldade para pagar o boleto, isso porque, na correria dos dias, simplesmente acaba se esquecendo.
No caso da gestão escolar, há mais motivos para se preocupar com a inadimplência do que no caso de outras áreas do mercado, isso porque a escola não pode impedir a participação de inadimplentes por questões éticas e de regulamentação.
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Esse fator acaba agravando ainda mais o problema da inadimplência, porque a escola conta sempre com um número fixo de mensalidades, e não ter esse retorno acaba prejudicando a saúde financeira do local.
Fernando, sócio e diretor da Ctrl+Play, conta que os clientes dele perceberam que é muito mais vantajoso ter pagamento recorrente e, assim, o percentual de usuários foi crescendo e crescendo cada vez mais. São poucos os que ainda são resistentes e utilizam boletos.
No caso de Paulo Freitas, o diretor conta que apostou no serviço e começou pelos clientes que praticavam inadimplência frequente. Os resultados no Centro Educacional Freitas Rodrigues foram muito positivos, especialmente porque poupou a instituição de realizar tantas operações exigidas pela forma tradicional de pagamento.
O Head de Produto da Sponte, Cristopher, aproveitou o momento para perguntar à Carolina Siqueira como funciona na Stone a questão de segurança de dados dos usuários do pagamento recorrente. Ela afirma que a Stone se responsabiliza por tudo e leva facilidade para garantir que o cliente não perca a venda dele.
Além disso, a segurança da informação fica 100% por responsabilidade da Stone. Isto é, gerando segurança para o cliente e praticidade para a empresa.
No terceiro dia de evento, o I Sponte para a educação contou com a presença de Lana Paula Crivelaro, consultora educacional da UNESCO, avaliadora de regulação do INEP/MEC, diretora pedagógica na RL Educacional e pós-doutoranda no Instituto de Ensinos Avançados da USP.
Lana se propôs a falar sobre a importância de realinhar a escola para manter os alunos engajados com o ensino.
Para isso, segundo ela, é necessário considerar que os estudantes são completamente diferentes uns dos outros e que conheceram infinitas novas plataformas que os proporcionam essa autonomia tecnológica.
Com esse cenário, principalmente, é hora de abraçar as inovações. E isso vale não somente para o professor, mas para a escola. A mudança metodológica depende do todo e deve haver um acordo complementar entre o ecossistema completo: família, gestão, alunos e professores.
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É preciso aplicar metodologias ativas na sala de aula, para que o aluno possa desenvolver as habilidades contempladas na BNCC, como empatia, criatividade, projeto de vida, comunicação, entre outras. O modelo tradicional não vai contemplar essas competências e preparar os alunos ao longo da vida escolar para o modelo social e do mundo do trabalho.
Lana Crivelaro ainda levantou a importante reflexão: como podemos continuar depositando conteúdo em aulas estritamente expositivas achando que o aluno vai aprender? O conceito de ensino e aprendizagem vai além disso.
A principal proposta das metodologias ativas é desenvolver o protagonismo, colocar o aluno no centro do processo, oferecer mais autonomia, criatividade e colaboração. Incorporar metodologias ativas é mudar. Admitir que existem multidireções.
Além disso, é claro, é preciso assumir o uso da tecnologia, porque ela é uma grande aliada na busca pela atenção dos estudantes, e não substitui o professor, mas sim serve como suporte.
A mesa-redonda que discutiu tópicos acerca do novo Ensino Médio, mediada por Carla Helena Lange, analista de conteúdo da Sponte, contou com a presença de especialistas da área de educação:
O bate-papo girou em torno da nova proposta para o Ensino Médio, em que cada escola poderá definir seu itinerário. Os palestrantes conversaram sobre os desafios e as oportunidades que esse novo marco na educação apresenta.
Por exemplo: os vestibulares terão de se adaptar a essa nova realidade de ensino, assim como o Enem, que promete alterações significativas em sua proposta para 2024, consequentemente, as escolas terão que repensar seus métodos de ensino e se planejarem.
A inovação na escola é uma necessidade à medida que os alunos e o mercado de trabalho já não são os mesmos, por isso a importância do ensino se adaptar à nova realidade.
É importante, neste contexto, que cada vez mais as escolas instiguem os alunos a realizarem pesquisas além do conteúdo programado e buscarem conhecimentos mais aprofundados, pois esse será o grande diferencial no mercado de trabalho.
Ainda tem dúvidas sobre o Novo Ensino Médio? Assista à mesa-redonda na íntegra:
Confira alguns dos melhores momentos do nosso I Sponte para a educação:
https://youtu.be/MtFqWWMUjak