Sua escola está dando a atenção necessária à gestão de professores como parte da gestão pedagógica? Essa é uma das etapas mais importantes da gestão escolar e, infelizmente, acaba ficando em segundo plano em muitas instituições de educação básica.
🔎 Leia também: O que é gestão pedagógica? Tudo o que você precisa saber para sua escola.
É muito comum escolas terem apenas processos organizados para recrutamento e seleção. Depois disso, apenas algumas fazem avaliação de desempenho ou feedback para professores. Em uma parcela delas, há incentivo para o desenvolvimento profissional por meio da formação continuada.
Mas é muito raro ter todos esses processos organizados de forma integrada e eficiente, com uma verdadeira estratégia de gestão de pessoas.
Por isso, este artigo tem o objetivo de orientar gestores, líderes e diretores para melhorarem sua gestão de professores. Continue sua leitura e saiba mais:
Todo gestor escolar sabe o quanto os professores são importantes para o bom andamento da escola. Afinal, um educador capacitado e motivado faz toda a diferença na formação dos alunos e até na retenção de matrículas.
Mas não se pode simplesmente contratar qualquer docente e esperar que ele entregue todos esses resultados por conta própria.
Pelo contrário: isso é função da gestão de professores. É ela que coordena a contratação dos educadores mais preparados, ajuda a mantê-los motivados, incentiva sua participação no dia a dia escolar e até melhora a qualidade do ensino.
Sem falar que também é papel do gestor mostrar para seu time docente o quanto eles são importantes e valorizados pela escola. Principalmente porque a valorização de professores é o futuro para uma educação de qualidade.
Ou seja: a gestão de professores é fundamental para ter profissionais capacitados, aulas de excelência e uma comunidade escolar satisfeita.
Uma das principais funções da gestão de professores é a contratação de docentes. Afinal, sua escola precisa de pessoas capacitadas e preparadas para lidar com os alunos.
Há alguns passos relevantes que você pode seguir para melhorar esse processo em sua escola.
Em primeiro lugar, vale a pena conhecer a realidade das contratações de professores na rede privada. A partir de dados como faixa etária e gênero de acordo com cada região, é possível ter aquisições mais acertadas. Confira mais sobre isso no nosso eBook:
É interessante também definir quais habilidades e competências você espera desse profissional. Para isso, defina um “perfil de professor ideal” para sua escola.
Esse perfil pode envolver características como experiência, formação, comportamento, motivação e inteligência emocional para lidar com as turmas.
Avalie também qual é a necessidade da escola. Você precisa de um professor em tempo integral ou apenas para assumir algumas horas-aula? A escola está buscando alguém para lecionar para alunos mais jovens ou para turmas com estudantes mais velhos? Responder a essas perguntas ajuda a ter mais clareza durante o recrutamento e seleção.
Com o perfil ideal em mente, é hora de atrair candidatos. Publique vagas nas redes sociais — principalmente no LinkedIn —, deixando muito claro o que você está procurando desse novo professor. Uma vaga bem detalhada já afunila os candidatos para sua contratação, assim, sua equipe perde menos tempo no processo.
Vale a pena também divulgar vagas nas universidades que formam os educadores da área que você está buscando. Assim você pode receber indicações de ótimos professores recém-formados.
Por fim, comente com seus professores e com colegas da área da educação. A contratação por indicação também pode ser uma boa escolha.
Agora, depois de atrair bons nomes, é hora de fazer o processo de seleção. Os principais passos são: avaliação de currículo, entrevista ao vivo e aula teste, para avaliar como esse educador se comporta durante uma lição.
🔎 Quer saber como fazer aulas de teste? Então confira: Como preparar uma aula teste para contratação de professores na educação básica?
🔎 Veja também um passo a passo para recrutamento e seleção de professores: Contratação de professores: como ter os melhores docentes em sua escola?
Por fim, é importante ter estratégias para manter os bons educadores em sua escola. Os principais passos para isso são:
🔎 Leia também: O que é liderança escolar e como ter sucesso na sua escola?
Não é nenhum mistério que professores engajados e motivados dão aulas melhores, permanecem na escola por mais tempo, ajudam em projetos e ainda potencializam a retenção e até a captação de alunos.
A gestão de professores é a área responsável por garantir que isso ocorra, por isso busque estratégias de engajamento e motivação. Os passos aqui são parecidos com os que acabamos de mencionar para mantê-los em sua escola.
Fortaleça o vínculo da gestão escolar com os educadores, mostrando-se presente, dando apoio e valorizando o trabalho deles.
A partir disso, siga os passos anteriores e trabalhe constantemente a motivação e o engajamento de docentes.
🔎 Para saber mais sobre o assunto, confira:
Também é função da gestão de professores manter a capacitação de seus educadores, para melhorar cada vez mais a relação ensino-aprendizagem em sua escola.
Para tanto, compartilhe cursos de formação continuada, além de eventos educacionais, artigos de blog, eBooks, e outras formas de aprendizado para professores.
Foque esse estudo nas áreas específicas das disciplinas e também nas principais tendências para a educação do futuro.
A maioria dessas tendências já foi abordada pelo blog da Sponte. Confira as principais e compartilhe esse conhecimento com seus educadores:
Sua gestão de professores deve, também, avaliar o desempenho da equipe docente. Isso é fundamental para melhorar a prática pedagógica na escola e melhorar os resultados na relação ensino-aprendizagem.
Para isso, acompanhe aulas, faça pesquisas de satisfação com os alunos, avalie as notas e peça auto-avaliações para seus professores.
Nesses momentos, avalie:
A partir das análises, chame-os para reuniões de feedback para professores.
Esses encontros devem ser individuais, com apresentação dos pontos positivos e negativos da avaliação, sugerindo pontos para serem melhorados.
Conflitos são comuns em qualquer equipe que reúna muitas pessoas. Por isso, a gestão de professores também deverá lidar com essa demanda em sua escola.
Em um caso de conflito entre dois ou mais professores, busque seguir estas orientações:
A política de gestão de conflitos deve sempre ser focada na resolução do problema e na redução de danos, evitando o impacto nos alunos e no dia a dia escolar.
Se o conflito for pequeno e puder ser remediado com uma mudança simples, como troca de turmas ou de horários, busque atender à demanda e apaziguar o problema de relacionamento.
Além disso, promova cursos de capacitação focados no trabalho em equipe, para ajudar a evitar isso e lidar com os problemas. Contar com apoio psicológico também pode ser uma boa pedida.
Mas, mesmo nesses casos, sempre deixe claro para os professores que conflitos não são aceitos dentro da escola e que qualquer problema deve ser resolvido junto à gestão, com diálogo, sem envolver os alunos ou outros integrantes da comunidade escolar.
No entanto, quando o conflito for maior e tiver gerado prejuízos para a instituição, pode ser necessário demitir um ou mais professores. Busque sempre fazer isso de forma honesta e transparente, deixando tudo claro para todo o corpo docente e evitando fofocas e novos conflitos.
Quando o conflito for entre professores e alunos, a situação se torna um pouco mais complicada. Busque apurar o problema de forma completa e igualitária, entendendo as relações de poder que são capazes de piorar ainda mais a situação.
Se o caso for muito sério, pode ser necessário envolver pais, responsáveis e até a Justiça. Em situações de abuso, por exemplo, não hesite em chamar a polícia com agilidade. O bem-estar da comunidade escolar deve ser sempre prioridade.
Mesmo nas melhores escolas, é comum que os professores sofram com algum problema de saúde mental, como estresse, burnout, dificuldades com o sono e ataques de ansiedade, por exemplo.
Isso pode ser causado por sobrecarga de trabalho, cobranças feitas pela escola e pelas famílias, ou dificuldade no relacionamento com os estudantes.
Para ajudar a resolver esse problema, a escola deve se mostrar aberta para dialogar e melhorar a situação de trabalho dos professores, quando for possível. O acolhimento geralmente é o principal passo em uma situação como essa.
Oferecer tratamentos psicológicos — ou, pelo menos, uma parceria de descontos com psicólogos — também pode ser uma boa estratégia.
Além disso, evitar a sobrecarga de trabalho também é importante, assim como respeitar o período de descanso de seus educadores. Ter ferramentas que facilitem o trabalho dos educadores ajuda muito para isso.
Todos sabemos que o trabalho do professor não se resume a aparecer na frente dos alunos e falar por alguns minutos.
Eles precisam preparar aulas, planejar atividades e provas, fazer a correção, lançar notas e presenças… E, no meio disso tudo, ainda tem de buscar estratégias, como gamificação e metodologias ativas, para deixar suas aulas mais interessantes para as novas gerações.
Por isso, é fundamental que a escola disponibilize ferramentas para facilitar o dia a dia dos professores.
Hoje há várias opções tecnológicas que otimizam todas as etapas do trabalho docente, como o Prezi, para produção de apresentações interativas, o Kahoot! para criação de jogos e quizzes educativos e o Googles Docs, que possibilita a criação e edição de textos no ambiente online.
Além disso, há ainda sistemas de gestão escolar, como o Sponte, que podem transformar totalmente a parte burocrática e organizacional do trabalho do professor, eliminando o trabalho manual e oferecendo eficiência e agilidade.
🔎 Leia mais: Como um sistema de gestão escolar vai transformar o trabalho de seus professores.
Tudo isso faz parte dos novos potenciais trazidos pela tecnologia para a realidade educacional. Assim, tanto os professores quanto os gestores podem superar os desafios de produtividade e organização apresentados pelas novas gerações.